Biblioteca Pública Municipal: indefinições permanecem
Eles se mostram “seriamente preocupados” com o estado de conservação do acervo e a falta de definições quanto ao projeto de recuperação do prédio original da Biblioteca, na Rua Capitão Cruz. Hoje, o atendimento é realizado de maneira improvisada no antigo restaurante do Parque Centenário.
Além de Vereadores, participaram o Vice-Prefeito e Secretário de Educação e Cultura Luiz Américo Aldana e representantes de entidades como Associação dos Amigos da Biblioteca Pública Municipal (AABPM) e Associação Montenegrina de Escritores (AMES). Após uma hora de discussões, nenhuma definição foi apresentada pelo Secretário de Educação e Cultura. Aldana apenas citou que a demora para finalizar o novo projeto do prédio se deve à indefinição sobre aonde deverá ser instalado um elevador, inexistente no atual espaço.
Aldana se manifestou contrário ao retorno da Biblioteca à Rua Capitão Cruz, integrando o Centro Cultural. “Onde estava, é um espaço elitista”, qualificou. Foi rebatido imediatamente pela Presidenta da Câmara, Vereadora Rose Almeida (PP). “Os números comprovam que o senhor está equivocado. Até seu fechamento, circulavam pela Biblioteca diariamente mais de cem pessoas de todas as classes sociais”, desabafou.
Rose leu resposta a Pedido de Informação de sua autoria ao Executivo. O Prefeito Paulo Azeredo (PDT) informa que, após as obras, a Biblioteca voltará a seu espaço de origem. Neste momento, Aldana declarou que estava mudando de opinião, passando a respeitar a vontade do Prefeito.
O Vereador Renato Kranz (PMDB), Secretário de Educação e Cultura no governo Percival de Oliveira, citou questões como a suspensão, por parte do atual governo, do projeto de recuperação do prédio proposto pelo anterior e a situação de risco em que o acervo se encontra atualmente, em um local “totalmente inadequado”. “Queremos saber detalhes do novo projeto e o quê esta Administração pensa para a Biblioteca”, acrescentou. Renato comentou ainda que o original previa ampliação e reforma.
A justificativa de que deverá ser consertada uma goteira do prédio onde provisoriamente está o acervo não convenceu Cláudia Felipssen, da AABPM. Segundo ela, a situação vai muito além. O local sequer possui ventilação adequada, mofando livros e o restante das obras. Por fim, Aldana concordou que o espaço não seria adequado, classificando como uma situação provisória.
Ficou concluído que os Vereadores irão apresentar novo Pedido de Informação para saber exatamente quando será concluído o projeto. Também farão constar a exigência de que deva ser apresentado na Câmara.