Câmara aprova Sírio Richter Cidadão Montenegrino

por mon — publicado 05/06/2015 13h53, última modificação 01/06/2016 10h59
A Câmara aprovou por unanimidade o Decreto Legislativo 02/15, de Roberto Braatz (PDT), que concede o Título de Cidadão Montenegrino ao empresário Sírio Richter.

“A honraria é o reconhecimento pelo trabalho e dedicação ao município de Montenegro, promovendo o desenvolvimento econômico, social, cultural, segurança, emprego e renda”, justifica o Vereador.

    Na Mensagem Justificativa, Braatz destacou que Richter teve expressiva liderança, não somente em prol da permanência em Montenegro do antigo CPA4, hoje CRPO Vale do Caí, assim como na adequação da estrutura que hoje abriga o Comando. “Cabe lembrar ainda sua atividade na construção civil, na implantação de loteamentos, construções de casas, edifícios residenciais e comerciais”.

Nascido em Teutônia

    Sírio Richter nasceu em Estrela, no então distrito de Teutônia, em dois de outubro de 1949, filho de pai alfaiate e mãe costureira, o segundo e último do casal. Começou a trabalhar muito cedo, sendo que com apenas sete anos já ganhava alguns trocados fazendo brita para túmulos, com remuneração paga a cada balde entregue.

    Aos 11, surgiu a primeira grande dificuldade: o Colégio Agrícola só aceitava meninos com idade mínima de 13 anos. O garoto não desistiu e, com a ajuda de um vereador local, foi ao Palácio Piratini falar pessoalmente com o então Governador do Estado, Leonel Brizola, que diante do pedido de uma criança que reivindicava o direito de estudar, não hesitou em dar a permissão.

    Aos 16 anos o curso estava concluído, ao lado de jovens com idade entre os 25 e os 35. Mesmo antes de concluí-lo, Sírio trabalhou em uma fábrica de sabão e na Ford, onde se tornou especialista em serviços, com amplo conhecimento em mecânica.

Aí que Montenegro entra nesta história, para não mais sair. Mário Florian era o diretor da Ford na cidade e detectou um problema constante na área de serviços da unidade local. Foi indicado um jovem de Estrela, que teria plenas condições de resolver. Florian foi pessoalmente tratar da contratação e Sírio chegou ao Vale do Caí no final da década de 60.

1982: início da BRM

    Mais próximo de São Leopoldo Sírio começou a cursar Economia, passando a dar aulas de Matemática na Escola São João Batista, paralelamente ao trabalho na Ford. Piloto de aviões, o jovem inquieto ainda dar aulas de voo no Aeroclube.

    No começo da década de 70, Sírio decidiu abrir o primeiro negócio próprio, montando uma loja da rede Imcosul ao lado do antigo cinema. Na rede, atuou até a década de 80. Neste período mudou de cidade (foi para Porto Alegre), tendo ocupado diversos cargos no grupo como, por exemplo, o de diretor de compras. Viajou pelo RS de ponta a ponta.

    No começo dos anos 80, foi a hora de voltar para Montenegro. Agora ajudando a montar a primeira revenda de tratores da cidade, também ligada à Ford. Em 1982 juntou-se a dois Engenheiros formando uma construtora, a BRM.

    A empresa foi a responsável por muitos prédios que hoje vemos no município. Os números exatos nem ele sabe, mas assegura que foram cerca de 35 prédios erguidos, somando mais de 120 mil metros quadrados de área construída.

    “Com certeza, mais de mil montenegrinos moram hoje em apartamentos e casas construídos pela BRM”, estima Richter. Em 2002 fundou a Terra Engenharia, a qual após construir empreendimentos em Canela vem atuando com destaque em Montenegro, tendo realizado obras como os Residenciais Panul, Bella Vitta e Ivy Marae.