Câmara debate o melhor uso dos containers de lixo na cidade

por mon — publicado 10/10/2014 10h24, última modificação 01/06/2016 10h59
Questões relacionadas à maneira como vem sendo usados os containers verde e amarelo colocados em algumas ruas, com o objetivo de ser depósito de lixo seco e orgânico, foram debatidas na manhã de quinta (09) na Câmara, por iniciativa dos Vereadores Renato Kranz (PMDB), Márcio Miguel Muller (PTB), Rosemari Almeida (PP), Marcos Gehlen (PT) – “Tuco” e Carlos Einar de Mello (PP) – “Naná”. “Recebemos queixas de que os containers não têm uso correto, a população nem sempre respeita a classificação de lixos secos e orgânicos, para facilitar a coleta”, iniciou a Vereadora Rose Almeida, autora do Requerimento da reunião.


         Também participaram Leandro Somer, da ACI, Carlos Eduardo Muller (Secretário de Indústria e Comércio) e Carlos Alberto Friederich (Diretor da Secretaria), Joaquim da Silva Oliveira, Gerente Operacional, e Vanessa Oliveira (ambos da Komac Rental, empresa que recolhe o lixo), além de Elisa Schoenell (da Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
         A Vereadora lamentou que, algumas vezes, os equipamentos anoitecem num determinado ponto da rua e amanhecem num outro. “As pessoas têm o direito de deslocar os containers na hora que elas querem?”, questiona. Exemplifica citando o caso da rua onde está o Legislativo, a Álvaro de Moraes: “tem dias em que o container está parado na curva, quase na esquina”. Na mesma manhã da reunião, cita ter visto um container na frente do CTG, na esquina da Rua Bento Gonçalves com José Luiz, diferente de seu ponto original.
         Também relatou o ocorrido numa terça pela manhã quando, ao sair da reunião da CGP da Câmara, observou o vento arrastar o container, que foi rolando até o meio da rua. “Fiquei assistindo, apavorada. Uma Kombi teve que fazer uma manobra brusca para desviar do equipamento, que rolou até perto do carro do Vereador Marcos Gehlen e parou, produzindo um estrondo”, diz. Relata também o caso de pessoas que colocam o lixo em cima do container, pois não conseguem abri-lo.
Reforço na conscientização da comunidade
         O Vereador Renato Kranz perguntou se havia um projeto piloto ou os containers foram espalhados aleatoriamente. Elisa explica que no governo anterior surgiu uma proposta para sua implantação. Verificados os melhores locais para instalá-los, e no contrato com a Komac exigida sua lavagem, no mínimo, mensal. “Foram colocados inicialmente no centro, por haver coleta diária, pois o orgânico se degrada, exala odor, e também colocados próximos às escolas municipais, para a educação ambiental”. Cita que
na LDO 2015 consta a compra de novos, a serem colocados também no interior, para onde foi ampliada a coleta seletiva.
         Kranz lamentou que o recolhimento não estivesse desempenhando sua função inicial, pensada no governo anterior, a exemplo do existente em cidades como Caxias, Venâncio, Porto Alegre. “Aqui, está servindo como local de colocar o lixo, de lixeira. O objetivo do container não seria lixeira, mas o de ser pego pelo caminhão, que o levaria embora e o trouxesse higienizado, assim como funciona em Porto Alegre, Caxias e Venâncio”, diz. O representante da empresa diz que foi solicitado aquele tipo de recolhimento, mas este custaria em torno de quatrocentos, quinhentos mil por mês só no centro, por isto não foi aprovado. “O container é uma lixeira, só que o povo não é educado, bota no container do orgânico o lixo seletivo, assim como o contrário. Tem uma minoria que faz certo: recolhe, lava os vidros, potes de margarina, ensaca tudo certo”, cita.
         A preocupação do Vereador Tuco foi a de saber se a empresa tem equipamento para fazer o recolhimento da forma como é previsto para container, com um caminhão para retirá-lo, levar e devolvê-lo. “O problema está posto, é preciso pensar formas de resolução. Se não existe para este tipo de container, a empresa indica outro, para que num próximo momento a Administração possa optar por esta modalidade”, coloca. 
         Para o Secretário Carlos Eduardo Muller, a instalação dos equipamentos foi uma medida adotada para se tentar uma solução. “Agora teria que ser tratado um ponto importante: a conscientização”. Explica que o que se deseja é um container que tenha capacidade de ser usado para o que foi proposto: o recebimento do lixo e seu acondicionamento de uma maneira correta. “É preciso trabalhar muito forte a conscientização da população quanto ao acondicionamento do lixo no container”. Lembra que, como não está prevista a instalação de novos containers nos próximos meses, o trabalho por uma coleta seletiva consciente poderia minimizar o impacto.
         O Vereador Renato sugeriu ao Executivo que buscasse saber como o trabalho foi desenvolvido em municípios que já tiveram esta experiência. Ao final, propôs que a SMAM se encarregasse de buscar estudo mais técnico e verificasse como vai ser operacionalizada a questão do recolhimento com a empresa, pois há um contrato e projeto básico. “O contrato está contemplando apenas a higienização ou o recolhimento do container como lixeira? Está se pagando uma coisa que talvez não esteja existindo”. Proposto uma nova reunião em 60 dias, assim como utilizar os meios de comunicação para conscientizar a comunidade quanto à melhor forma de uso dos equipamentos.