Câmara debateu solução para problemas na nova Escola Emma Ramos
Representando os pais de alunos, a moradora Cleiva Paulus relatou às Secretárias de Obras Karina Daudt, e da Educação e Cultura Silvana Schallemberger a situação ocorrida recentemente, devido a uma enxurrada. Segundo ela, a Diretora teve que ligar para os pais avisando que a Escola não teria condições de receber as crianças, pois estava alagada, havendo o perigo até de choque elétrico. “Comecei a não levar o meu filho às aulas. Passada uma semana, diziam que não poderiam receber porque o problema continuava. Isto se estendeu por quase quinze dias”. A alegação era de que não poderiam receber as crianças, pois estavam aguardando a liberação do Engenheiro ou da fiscalização, quanto à parte elétrica.
Cleiva diz que um grupo de pais esteve na SMEC, pedindo agilidade, pois eles não tinham para onde mandar os filhos, com muitos tendo que faltar ao trabalho para cuidar das crianças, ou então as deixando com alguém da família. Na Secretaria, foram informados de que a situação era complicada, se estava aguardando o laudo de um Engenheiro, quanto aos riscos. A Secretária também não se sentia segura para liberar as crianças para voltarem à sala de aula, pois foi dito que as paredes estavam energizadas. “Aí todo mundo entrou em pânico, ninguém queria seu filho lá porque poderia levar um choque ao encostar-se a uma parede”. Diante do problema, a SMEC decidiu realocar as crianças para outras escolas e determinou o fechamento da “creche” por alguns dias.
Cleiva conta que, depois deste período, os pais foram avisados de que poderíamos levar as crianças novamente a EMEI, a qual já estaria em condições. Conforme a moradora, não ocorreu nenhuma situação que gerasse perigo. “Não houve chuvas fortes, não sei se o problema vai voltar. Disseram que foram adotados os procedimentos para a água escoar, e que não haveria mais problemas”.
Conforme a Secretária de Obras, Karina Daudt, o projeto da EMEI é padrão do FNDE, adotado no Brasil inteiro. Para o caso do Rio Grande do Sul, apresentava falhas detectadas no momento da licitação. Durante a execução, foi constatada a falta de algerosas, um material metálico usado para escoar a água das chuvas, impedindo a infiltração pelas paredes e laje de cobertura. Isto tornava insuficiente a vedação.
Foi dito que a Escola possui um capeamento insuficiente diante de fortes enxurradas. A Emma Ramos de Moraes foi inaugurada em maio de 2013, e nenhuma chuva chegou à intensidade da que ocorreu este ano, diz a Secretária. Descartou a possibilidade de alguém levar um choque ao encostar-se às paredes, “a não ser que esta fosse feita de metal, para haver qualquer tipo de condução”. Havia queda de luz, devido à umidade. A SMOP acionou a empresa, foram retiradas as luminárias existentes, para que secassem. De acordo com Karina, nestes dois anos a água das chuvas foi se acumulando dentro das tijoletas que formam a laje. Foi preciso furar por baixo a laje de várias salas de aula. Durante o período em que o trabalho foi realizado a Escola ficou fechada. A empresa refez as algerosas e revisou a impermeabilização das lajes. “Houve a troca de setenta telhas quebradas”, comentou a Secretária Silvana.
A titular da Educação ainda comentou que com a Escola Emma Ramos, abrangendo o Bairro Estação e redondezas, de acordo com o zoneamento, o Bairro Estação está completamente atendido. Por fim, o Vereador Tuco ainda questionou se há um espaço exclusivo para as vans fazerem o embarque e desembarque das crianças. Karina explica que existe uma dificuldade quanto à topografia do terreno, no caso, um desnível. Por fim, Tuco observou que, como resultado do encontro, foi aberto um canal de comunicação, para esclarecer dúvidas e debater questões relacionadas à Escola.