Câmara Mirim de agosto destacou o Dia do Estudante
Comentou que, na atualidade, a lei garante a organização de grêmios estudantis nas escolas, “mas não foi sempre assim, houve um período em que não podíamos nos organizar enquanto estudantes, enquanto juventude”, referindo-se à época da ditadura militar. No período mais recente, o movimento conhecido como “por vinte centavos” também nasceu da juventude, prosseguiu. “É uma responsabilidade da juventude, ao longo da história, fazer estes movimentos de transformação, que consigam mudar a política”.
Diz se esperar que tais ações partam da juventude porque ela “tem capacidade, condições de ir além, se mobilizar, se manifestar”. Em sua opinião, o papel de um grêmio estudantil é o de “permitir o acesso dos estudantes às políticas públicas existentes, garantir que estejam engajados neste debate que garante o espaço na universidade, a sua autonomia para o futuro”. Também o de atuar na comunidade, lutando pela criação de políticas públicas. Como exemplo, perguntou: “Será que a juventude está satisfeita com o que Montenegro oferece de espaços de lazer? Temos alguma programação cultural para os estudantes acessarem?”.
Na sua visão, seria importante fazer este debate no grêmio estudantil, a forma de organização dos estudantes em cada escola, sendo que a União Municipal de Estudantes (UMES) reúne todos os Grêmios. Diz que se houvesse um movimento de todos os grêmios estudantis das vinte e sete escolas de Montenegro, “conseguiríamos fazer uma grande mobilização e garantir a carteirinha estudantil, o que daria desconto em lojas, farmácias, sendo também uma política importante para a juventude”.
Atualmente, segundo afirmou, há apenas quatro grêmios estudantis constituídos em Montenegro, o que definiu como um número “muito pequeno”. “Precisaríamos nos reunir com eles, ir para dentro das escolas e estimular a criação de grêmios estudantis, verificar quais são os estudantes que têm interesse em fazer parte”. Finalizou informando que, por sugestão de Vereador Mirim, irá ocorrer um encontro na Câmara, do qual participariam os grêmios estudantis. Teria como pauta debater a organização da União Municipal de Estudantes, que centralizaria a confecção da carteirinha estudantil.
Também propôs que se lutasse pela constituição, na Prefeitura, de uma espécie de “comitê da juventude”, onde pudesse ser efetuada a inscrição para o Passe Livre, e a do estudante que não tem acesso à internet no ENEM, para que pudesse obter uma bolsa através do Prouni ou no SISU e que orientasse os estudantes sobre como se inscreverem no Pronatec. Definiu a Câmara Mirim como um espaço fundamental, em que “a juventude olha para a juventude, a gente sabe quais são as nossas necessidades, o que precisamos criar o que precisamos fazer”. Da mesma forma como em uma sessão normal da Câmara, na sequência houve discursos na tribuna e apresentação de pedidos de providências elaborados por Vereadores Mirins.