Câmara preocupada com a possibilidade de interrupção do Programa Ecomeçar nas Escolas
“Quando votamos em 2008 o projeto de lei de incentivos do Município à Hexion, uma das contrapartidas era a de implantar e organizar o Ecomeçar, junto com a SMEC. O projeto teve grande abrangência envolvendo 25 escolas municipais, cinco mil alunos a cada ano”, diz preocupada com informações de que o Ecomeçar teria sido suspenso.
De acordo com o Jornalista Leandro Utzig, da Agência COM +, o Programa não ocorre somente com as Escolas, existem outras ações desenvolvidas pela empresa em conjunto com a Agência como, por exemplo, na área de trânsito. Boa parte acontecia nos educandários, em função da Lei. O projeto não utilizava verbas públicas, mas através dele eram viabilizadas e operacionalizadas ações nas Escolas, com a participação das Secretarias da Educação e do Meio Ambiente.
“Com a troca do governo, a SMEC nos comunicou que não poderíamos mais participar de uma reunião com diretores das escolas municipais, em que apenas divulgávamos o programa”, relatou. Orientados pela Secretaria, o Jornalista e a Relações Públicas da Agência, Cristina Koetz, tiveram audiência com o Prefeito, “na qual nos foi dito que não era interesse da Administração, neste momento, continuar com a realização do Programa nas escolas”, relatou Utzig. Em função disto, uma das linhas de ação do Programa em andamento, um concurso para o estímulo ao surgimento de talentos nas Escolas Municipais, teve de ser interrompida.
A Gestora Ambiental Joana Mara dos Santos, Chefe de Educação Ambiental do Município, que assumiu recentemente o cargo, explicou que efetuou uma verificação das linhas de ação do Programa. E que, com foco na questão ambiental, há uma linha de ação, “que não é tão abrangente, sendo que as demais têm foco no trânsito, nos idosos”.
“Também conversei com o Prefeito sobre o projeto, vamos estudar uma forma de dar andamento”, revela. A Chefe de Educação Ambiental explica ainda que solicitou um parecer da Hexion. Na Licença Ambiental consta que a empresa tem esta responsabilidade com o Município, assumida junto à Fepam, de dar andamento a algum projeto voltado às questões ambientais.
O Vereador Ari Müller questionou se não teria sido melhor continuar o Programa nas Escolas em que ele está funcionando bem, e sucessivamente implantá-lo nas demais. A resposta foi que, de acordo com o cronograma, o Ecomeçar não foi paralisado, mas somente a parte de Educação com as Escolas. As demais ações do projeto, sobre as quais a Prefeitura não tem ingerência, continuam.
No final, a Vereadora Rose se disse satisfeita com o resultado, a possibilidade de construir uma solução em conjunto. “A Câmara votou uma Lei onde havia esta contrapartida, existe um convênio, de 2008. Fico feliz em saber que a intenção do Executivo é a de que não se interrompam projetos bons que temos”, concluiu.