Câmara vai entrar com representações devido a problemas na distribuição de energia elétrica

    O anúncio das medidas ocorreu segunda-feira (24), durante reunião no Legislativo, marcada para discutir temas como a má conservação dos postes de madeira e a baixa oferta de energia em pontos da cidade. No entanto, não houve comparecimento tanto dos dirigentes da concessionária de energia como da Prefeitura, ambos convidados.
    De acordo com o proponente do encontro, o Vereador Marcos Gehlen (PT) – “Tuco”, inicialmente a questão seria debatida com a concessionária no dia 22 de outubro, o que não foi possível, pois o gerente regional Luiz Fernando Sorgetz avisou que não estaria presente devido a problemas trazidos pelos temporais na região, tratados como prioridade. O encontro foi remarcado e novamente não houve o comparecimento, o que foi classificado como “lamentável”, pelo Vereador.
    Entre os casos mais graves de postes com problemas o encontrado na Vila Esperança, em frente ao Bar do Gauchinho. Está pendido sobre a rua, preso por um suporte auxiliar, havendo o risco de cair. Conforme o assessor parlamentar João Vilso Cruz, somente nos últimos três meses moradores registraram dois protocolos junto à AES Sul pedindo providências, mas não obtiveram retorno. O Vereador Marcos Gehlen citou que há diversos casos semelhantes em outros pontos da cidade.
    Também a oferta insuficiente de energia elétrica preocupa os Vereadores, caso de Marcos Gehlen, procurado por moradores do Bairro São Paulo em função deste problema, ocasionado pelo fato das redes serem antigas e dimensionadas em uma época em que havia menor quantidade de casas e de aparelhos eletroeletrônicos. “Quando todos os equipamentos estão ligados ocorrem quedas de energia”, relata Gehlen.
    O Vereador Renato Kranz lamentou que os problemas também atingissem o interior. Lembra o caso do citricultor Luciano Kettermann, de Campo do Meio. Ele tem sua casa construída há dois anos, mas está tendo que pagar aluguel na cidade porque não foi ligada a luz de sua moradia. Citou ainda a falta de rede trifásica em localidades como Lajeadinho e Alfama, necessária para se ampliar a quantidade de aviários e pocilgas, o que não é possível, pois não há energia suficiente.
    Kranz reclamou do que qualifica de “inércia” da AES Sul quanto ao tema. Mesmo convidados, também não houve comparecimento de representantes da Prefeitura à reunião. Os Vereadores entendem que o engajamento do Prefeito e Secretários seriam importantes para pressionar a AES Sul, a fim de que tomasse providências. Não ficou decidido se será agendada nova reunião para debater o tema.