Ciclofaixa é alvo de representação ao Ministério Público
Os Vereadores, na representação, argumentam que qualquer cidadão pode verificar que “não há, nos cruzamentos, qualquer sinalização para pedestres, ciclistas e automóveis, tornando o trânsito mais perigoso e letal do que já era, bem como não há qualquer tipo de contenção para que os veículos não invadam a referida ‘ciclofaixa’. Há uma disputa de espaço no local entre ônibus, caminhões, automóveis, pedestres e agora bicicletas”. Além disso, a peça destaca que o prefeito municipal Paulo Azeredo deu prosseguimento à instalação da ciclofaixa sem que houvesse um projeto elaborado por profissional competente ou mesmo anuência do Conselho Municipal de Trânsito.
A representação encaminhada à Promotoria de Justiça de Montenegro destaca igualmente a preocupação com eventuais prejuízos que a medida adotada pela municipalidade pode acarretar aos cofres públicos. Caso estudos técnicos demonstrem a inviabilidade do que já fora executado, a instalação daquilo que os Vereadores denominaram de “corredor da morte” pode configurar em desperdício de recursos humanos e materiais, que poderiam estar sendo melhor utilizados em áreas importantes da sociedade.
“Sou totalmente favorável à construção de faixas de trânsito que respeitem o ciclista e incentivem a utilização das bicicletas, não apenas como uma forma de lazer, mas principalmente como um meio de transporte seguro e não poluente. É preciso que se coloquem em prática políticas públicas que criem espaços na cidade que permitam o tráfego compartilhado entre os mais diversos veículos, mas não da maneira como está sendo implementada pelo prefeito Paulo Azeredo”, fez questão de deixar claro o Vereador Márcio Müller.
Por fim, os requerentes solicitam que seja instaurado procedimento investigatório destinado a apurar a conduta do prefeito de Montenegro, bem como a possível prática de ato de improbidade administrativa e a eventual prática de outros ilícitos.