Conselho de Ética conclui análise do caso Braatz
Reunidos, os Vereadores do Conselho: Presidente - Márcio Müller (PTB), Relator - Marcos Gehlen (PT) - “Tuco”, Gustavo Zanatta (PP), Edgar Becker (PP) e Ari Müller (PTB) acataram parcialmente o Relatório de Gehlen. A proposta original do Vereador havia sido a aplicação da medida disciplinar de Censura, acrescida de Advertência e Retratação Pública.
Por unanimidade, o Conselho entendeu aplicar somente a medida disciplinar de Censura. Para que de fato ocorra, é preciso que o Projeto de Resolução seja aprovado em Plenário. Originalmente, Kranz pediu a aplicação da medida disciplinar de Perda de Mandato, prevista no art. 19, inciso II, da Resolução 143/05, da Câmara. Na discussão do Relatório, os Vereadores da CE observaram se tratar da primeira vez que o Vereador Braatz é levado à Comissão de Ética. Portanto, não caberia pena tão severa como a perda do mandato.
Como justificativa no documento, Kranz cita que o Vereador cometeu “falta de Decoro Parlamentar” durante a Sessão Ordinária de sete de agosto último. No momento de realização dos trabalhos, Braatz retirou da mesa da Secretária Geral autos de processos legislativos que estavam em pauta, e levou-os consigo para fora das dependências do plenário.
Na ocasião o presidente em exercício, Vereador Márcio Müller (PTB) solicitou que a Secretária buscasse de volta os documentos. No mesmo instante, na sala de reuniões, Braatz se insurgiu, proferindo em voz alta: “Eu não roubei os processos. Isto é uma palhaçada!” Ao adentrar no plenário, e também em voz alta, disse: “Isto é coisa de moleque!”
Novo processo disciplinar
Caso o Conselho de Ética Parlamentar acate outra Representação, do Vereador Renato Kranz (PMDB), que também tem como representado Roberto Braatz (PDT), a Comissão fará sua análise e emitirá relatório tratando do novo tema. No processo, Kranz observa que na Sessão Ordinária de 14 de agosto, durante seu pronunciamento, Braatz referiu-se ao atual Presidente da Câmara usando termos como “mentiroso e psicopata”, inclusive ilustrando sua fala com o livro que mostrou na tribuna mais de uma vez, intitulado “Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado”. Constam no processo manchetes de jornais, repercutindo o caso.