Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência será alterado
Participaram vereadores, conselhos, Hospital Montenegro, APAE, escola Sinodal e São José.
O presidente da Câmara, Renato Kranz, comentou que a reunião atendia requerimento aprovado em plenário com finalidade de tratar das questões que envolvem o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Montenegro. Em seguida, foi a vez do vereador Marcos Gehlen “Tuco” fazer sua explanação. Explicou que o objetivo era tratar da composição do Conselho, atuação e também verificar da possibilidade de inserir a recente Associação dos Deficientes Visuais de Montenegro. “Hoje pode ser o ponto de partida para a reformulação do conselho”, defendeu. Ieda de Freitas, da Apae, falou que a entidade não está representada desde 2012.
Atento aos pronunciamentos, o Chefe de Gabinete, Márcio Menezes, acrescenta que fará a alteração e enviará o projeto à Câmara de Vereadores, retirando entidade que não é participativa e incluindo a Associação dos Deficientes Visuais. Ele também prometeu que dará uma atenção especial no que tange aos Conselhos Municipais, inclusive já estaria equipando a sala dos conselhos junto à Estação da Cultura. “Os conselhos são importantes para o município”, classificou Menezes.
O vereador Tuco alegou que nem mesmo conseguiu localizar a entidade que faz parte do CMDPDM, denominada ReConhecer – Centro de Referência em Inclusão. A entidade possivelmente será substituída pela Associação dos Deficientes Visuais. Na Lei, diz que o conselho terá reuniões mensais, tendo em sua composição 07 secretarias municipais.
Deficientes Visuais pedem semáforo com sinal sonoro
Os deficientes visuais, Valdair da Rosa Silva, Carlos Fernando Petry, Valmir da Rosa Silva, Leandro Klinger da Rosa, aproveitando a reunião, fizeram praticamente a mesma fala: “não temos apoio, cada vez que precisamos de algo, vamos a cidades como Porto Alegre e Novo Hamburgo”. Valdair da Rosa da Silva, o mais falante deles, lembrou ainda que Montenegro não tem acessibilidade. “Não temos nenhum semáforo com sinal sonoro instalado, isso seria muito importante para nós”, lembrou Valdair. Nesta mesma linha, o deficiente visual, técnico em informática, Carlos Fernando Petry, citou que próximo à Secretaria da Saúde deveria ser o primeiro ponto da cidade dotado de sinaleira com sinal sonoro. “Quem de nós não vai à Secretaria da Saúde? Outro dia, levei mais de 25 minutos para atravessar, até que uma pessoa bondosa me ajudou a atravessar”, desabafa. Outra reclamação dos deficientes é quanto à falta de respeito dos motoristas que não param na faixa de pedestres.
Carlos Petry também observou que, em tendo uma associação forte, um Conselho de Deficientes atuante, é possível ensinar, por exemplo, que um deficiente visual pode utilizar computador, acessar rede social, telefone. Eles têm muito claro o sentido de solidariedade, reforçado nas declarações da importância de um ajudar ao outro.
Leandro Klinger da Rosa contou que ficou deficiente visual após acidente de carro e foi obrigado a aprender tarefas como se locomover. Ele agora quer ajudar outras pessoas a se reabilitarem. “Para isso, precisamos de apoio do poder público e fortalecer nossa associação”, reivindica.
O presidente da Câmara, Renato Kranz (PMDB), lamenta que o município sequer tenha um diagnóstico do número de deficientes visuais, reforçando a importância de resgatar essas pessoas para o exercício pleno da cidadania, direito de todos. Kranz elogiou a atitude dos quatros deficientes presentes à reunião que estão demonstrando solidariedade com o próximo e estão dispostos a contribuir com a sociedade.
Ao final, ficou acertado que os vereadores irão aguardar o encaminhamento do Projeto de Lei fazendo as devidas correções. Depois de alterado, o prefeito pode fazer o ofício solicitando que as entidades façam indicações dos representantes.