Criado grupo para trabalhar na elaboração do Plano Municipal em defesa dos animais
Além da própria Câmara o grupo será integrado, inicialmente, pelas entidades que participaram da reunião: Brigada Militar/Pelotão Ambiental, Prefeitura, Amoga e grupo Cachorreiros e Gateiros. Proposto também pelo Vereador Tuco que se avance no sentido de, futuramente, criar o Conselho Municipal em Defesa dos Animais. Em sua ótica, permitiria a constituição de um fundo financeiro, formado inclusive por doações de empresas e pessoas físicas.
Gustavo Zanatta explicou que a ideia do encontro surgiu a partir da provocação do Grupo Cachorreiros e Gateiros, que procurou o seu gabinete, em especial para apurar de quem seria a responsabilidade por estes animais na rua, assim como se o Município contaria com um Veterinário para este tipo de trabalho.
Representando os Cachorreiros e Gateiros, Márcia Elisa Fontoura disse que o grupo foi criado não para fazer o resgate de animais. Porém, acaba procedendo desta forma, como fez durante o feriado de Páscoa. Contou ainda que a dívida na loja Unipet, em função de atendimentos prestados a estes animais, alcança R$ 1.500,00.
Relata que o grupo ainda vem atuando de maneira informal, não possuindo CNPJ, o que dificultaria o recebimento de apoio financeiro por parte do setor público. Márcia se mostrou seriamente preocupada com a procriação desordenada de animais como cachorros e gatos. “O debate entre Prefeitura e Amoga, de um projeto de castração, amenizou”, pontua.
Conforme Clério de Carvalho, Sargento do Pelotão Ambiental, são muitas as dificuldades. Conta que, quando o órgão atua em defesa de animais maltratados, não há o que fazer após o atendimento da ocorrência, já que inexistem local onde eles possam ficar posteriormente. Diferente da posição de Luiza Kimura, da Amoga, o Sargento defende a criação de um canil.
Para exemplificar a gravidade da situação, o também Sargento Luis Fernando de Carvalho trouxe alguns dados: uma cadela que permaneça seis anos na rua, direta ou indiretamente gera 67 mil animais. Clério conta que, atualmente, a Brigada se socorre da Amoga para este trabalho de apoio. Outra constatação dos profissionais: uma casa não seria o local ideal para se abrigar, por exemplo, quinze a vinte cachorros.
De acordo com Luiza Kimura, a Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais “é contra” a criação de um canil. Diz que seria preciso, e defende a existência, de um espaço de recuperação destinado a cães e gatos. O Comissário de Polícia Amoreti Tavares lembrou como exemplo de canil que funciona bem o localizado em Portão. “Vamos lá conhecer este belo trabalho”, conclamou os participantes, defendendo sua instalação na cidade.
Segundo o Chefe de Gabinete Clóvis Moacir Domingues (“Cafundó”), a Administração é “totalmente contra” a construção de canil. Justificando, citou o de Caxias do Sul, que possui 1600 animais presos, com apenas ração e água.
Novo convênio para a castração
Entre as boas notícias, a de que a Administração irá firmar novo convênio com a Amoga. Cafundó contou que vão ser destinados R$ 60 mil para castração e aquisição de medicamentos. O processo está em fase de tramitação na Prefeitura.
Cavalos e bois serão levados ao Centenário
Outra informação relevante: a Prefeitura conta com espaço e com parceiros para o recolhimento de cavalos e bois. O Secretário de Meio Ambiente Márcio Menezes disse que o serviço já está em funcionamento no Parque Centenário. Completando, Cafundó alertou que a comunidade pode ligar para o Chefe da Guarda Municipal (fone 98790453), que fica de plantão 24 horas por dia e poderá atender as chamadas.
Apesar de não possuir equipamentos como um carroção, e de não contar com o trabalho de um Veterinário, Cafundó explicou que há parceiros para estes serviços. Os representantes do Pelotão Ambiental, que no início da reunião apontavam para esta dificuldade, comemoraram a informação quanto à existência de um espaço e da prestação de serviços, para os casos que envolvem cavalos e bois.