Falta diálogo entre instituições que promovem a Saúde

por mon — publicado 31/07/2015 13h40, última modificação 01/06/2016 11h02
A falta de diálogo entre instituições que operam na área da Saúde Pública em Montenegro ficou evidenciada durante reunião na Câmara, quinta (30). Quatro Vereadores: Roberto Braatz (PDT), Carlos E. de Mello (PP) - “Naná”, Rose Almeida (PP) e Renato Kranz (PMDB) solicitaram o encontro para tratar dos atendimentos e procedimentos no setor, com vistas a uma aproximação entre os setores.

 Participaram representantes do corpo técnico do Hospital Montenegro, Secretaria de Saúde do Estado, Prefeitura e Consórcio CIS/Caí. O propósito inicial era o de criar um ambiente de aproximação. Após duas horas do encontro, ficou evidente que as instituições não atuam em sintonia.
    Uma boa notícia é a de que está bem encaminhada a formalização do contrato entre o Governo do Estado e o Hospital Montenegro, para a continuidade do atendimento 100% Sistema Único de Saúde no Hospital Montenegro. Em resposta a questionamento do Vereador Roberto Braatz (PDT), a Coordenadora adjunta Maria Luiza Finger garantiu que o documento deverá ser assinado nos próximos dias. Finger explicou que a partir de um estudo se chegou ao contrato final, no valor de R$ 48 milhões/ano. O contrato será renovado, independente de o Hospital Montenegro estar com suas certidões em dia. 
    A preocupação dos Vereadores era também com relação aos valores pagos com atraso pelo Estado ao HM. Como consequência, foram suspensas consultas, exames e  cirurgias eletivas. Segundo as representantes do Estado, Maria Luiza Moraes e Maria Finger, a promessa é de que a partir de agora os pagamentos serão normalizados. Quanto aos atrasados, em torno de cinco milhões de reais, afirmaram que deverão ser quitados via linha de crédito pelo Banrisul.

           CIS/Caí pode comprar serviços no HM

    Os Vereadores cobraram do Secretário Executivo do Consórcio de Saúde por que o Consórcio não está comprando serviços do Hospital Montenegro e os está levando para outras cidades. Agenor Rigon alegou que recebeu correspondência do próprio Hospital, assim que passou a ser 100% SUS, alertando que não poderia mais prestar os serviços de compra via CIS/Caí. O Diretor Técnico do HM, Mário de Lucca, alegou que foi feito investimento, e existe capacidade instalada para suprir essa compra de exames que as Prefeituras estão fazendo via Consórcio, em clínicas particulares.
    Rigon reafirmou que o Consórcio tem total interesse em comprar serviços do HM. “Sendo possível, começamos amanhã”, retrucou.
    Ficou definido que haverá encontro no Hospital Montenegro com o Consórcio, para se definirem as questões, e o Hospital passar a atender esta demanda que é levada para outras cidades. “Fizemos uma reunião produtiva, que aproximou os atores responsáveis pelos serviços de saúde na cidade”, destaca Márcio Müller.