Germano Henke: 40 dias para concluir obras no centro comunitário

por mon — publicado 01/08/2013 08h45, última modificação 01/06/2016 11h02
Garantia de que, em quarenta dias, as obras no centro comunitário do Bairro Germano Henke estarão concluídas: compromisso assumido em reunião na Câmara, quarta-feira (31) pela manhã, proposta pelo Vereador Renato Kranz (PMDB), para discutir os motivos de sua paralização. “Desde o primeiro dia do meu mandato temos ficado atentos a todas as obras em andamento no governo anterior, porque troca o gestor, mas o município continua e muitas obras precisam ter continuidade”, comenta.

     Além de Kranz e os Vereadores Rosemari Almeida, Gustavo Zanatta e Carlos Einar de Mello – Naná, todos do PP, compareceram Gabriel Caruccio Montanari e a arquiteta Roberta Caruccio Montanari, da empresa responsável pela construção, o Secretário Ademir Fachini e Rossana Zanetti, da Secretaria de Obras Públicas, Alvorino Bento da Silva, o “Tchan” e Edegar Pereira Gomes, outro morador da “Promorar”,  conhecido como “baianinho”.
      A obra consiste num prédio de alvenaria, com cerca de 200 metros, e teve início em 10 de agosto do ano passado. Até dezembro de 2012, segundo Kranz, estava praticamente concluída, faltava pouco a fazer. “Conversei com integrantes da Associação e moradores foram várias vezes no Gabinete do Prefeito pedir que a obra tivesse continuidade”, comentou o Vereador, que também fez um Pedido de Informação ao Executivo, sobre o assunto.
      “Queremos saber da empresa responsável pela obra o quê houve, porque parou e não está concluída. A comunidade já poderia estar usufruindo há uns cinco, seis meses daquele espaço, uma enorme luta de muitos e muitos anos”, declarou na reunião. Segundo Kranz, trata-se de uma obra muito importante para aquela comunidade, “uma das mais retiradas da cidade, mas com uma vida própria tão interessante, não tem violência, todo mundo se conhece, é uma verdadeira comunidade e tem a Escola e a ‘creche’ integradas. O espaço físico seria muito importante para a associação comunitária”.


    “Aditivo já poderia ter sido dado”, diz Rose


    Segundo Gabriel Caruccio Montanari, na época em que houve a troca da Administração faltava pouco para concluir a obra. “Tínhamos prazo até o início de janeiro”, diz. “A nova gestão estava se reorganizando e ficamos sem fiscal. Sem fiscal, a empresa não consegue emitir medição, não tendo como receber pelo serviço que estaria executando. Mesmo assim tomamos a decisão, em conjunto com a Secretaria de Obras, de fazê-la por mais um tempo”.
      Relata ainda que a empresa conseguiu liberação do pagamento pelos serviços executados, mas teve aditivos de prazos negados tanto por parte da Secretaria como por nós. Somente no último dia 23, foi assinado pela empresa e o Executivo um novo aditivo. “Estamos retomando as atividades na obra, falta pouco para sua conclusão”.
       A arquiteta Roberta Montanari explicou que a construtora trabalhou durante os meses de janeiro e fevereiro.  “A fiscal da obra, Rossana Zanetti, fez a medição em fevereiro. Depois disto ocorreram problemas e acabamos saindo da obra, paralisada desde o final de fevereiro”. Perguntado por Kranz, Gabriel alegou que a empresa não recebeu qualquer justificativa formal, simplesmente foi negado porque terminou o prazo.
     O Secretário Fachini considerou normal a paralisação nos primeiros dias do novo governo. “Lutei para que retomássemos a obra, o que foi obtido semana passada, a partir da autorização do Prefeito”. No entanto, a Vereadora Rose disse estranhar que nestes quatro meses, do final de fevereiro até o final de junho, não estava faltando nada. “Este aditivo poderia ter sido dado no final de fevereiro, havia fiscal para o trabalho e já estaria concluída a obra”.
     “Baianinho” relata que quando parou a obra, foram feito três reuniões no Gabinete do Povo “e nada foi decidido, foi retomada na quinta reunião de moradores do Bairro com a Prefeitura”. Rose questiona a empresa para saber em quanto tempo, a partir da assinatura do aditivo dia 23, a obra ficará pronta.
        Naná: “governando pelo retrovisor”
De acordo com a arquiteta Roberta, falta concluir quarenta por cento do forro externo, toda a pintura externa, colocação de vidros, luminárias, vasos sanitários e pias nos banheiros e calçada no entorno. “Recebemos um aditivo para 60 dias, mas queremos terminar antes. Estamos com uma equipe trabalhando no local e queremos entregar a obra no final de setembro”, informou.
    Segundo a avaliação do Vereador Naná, os participantes do encontro não têm culpa, nem o Secretário, muito menos a empresa, “porque este governo tentou começar a trabalhar agora. Um aditivo não de dinheiro, mas de prazo demorou quatro meses para ser assinado. É lamentável!”, disse. Na mesma linha, Kranz considerou que se deveria comemorar o anúncio. “Concordo com Naná, é profundamente lamentável que tenhamos perdido um ano. Levar quatro meses para dar um aditivo de prazo é um atestado de incompetência de um Prefeito”
    Renato lembrou suas palavras na tribuna da Câmara, semana passada, quando disse que se trata de um governo “que engatou uma marcha a ré e está governando pelo retrovisor. Só olha para trás para ver o que o outro governo fez, tentando achar um rabo do governo anterior, e não vai achar. Parem com isto, é vergonhoso!” protestou. A Presidenta Rose finalizou avaliando como bom o resultado da reunião. “Temos a garantia de que em quarenta dias a obra será finalizada”. O Vereador Zanatta disse esperar que o prazo fosse cumprido.