Moradores de Linha Catarina e Lajeadinho reclamam da AES Sul
Também participou o Executivo, através da Secretária da Agricultura Cátia Schu, assim como Alessandra Kozlowski e Cássio Lima, representando a concessionária, a AES Sul.
Presidindo os trabalhos, Müller explicou que a iniciativa surgiu a partir da demanda apresentada por pessoas destas localidades. Algumas participaram da reunião, trazendo uma avalanche de problemas. Maiores queixas foram quanto à demora no reestabelecimento da energia, postes que estão em péssimo estado e a falta de poda de árvores encostadas na rede elétrica. Ildo Kettermann, proprietário de uma agroindústria, disse que acabou tendo que comprar um gerador, devido aos problemas. “Teve ocasião em que foram mais de 24 horas sem luz”, lamenta.
Célio Kettermann reclamou: houve semana em que levaram três dias para ligar a luz novamente. Na seguinte, quando mais uma vez faltou energia, os clientes ficaram dois dias às escuras. “A AES Sul foi avisada da existência destes postes podres. Muitos estão sendo segurados pelo próprio fio”, desabafou.
Prosseguiu contando que um poste simplesmente caiu, num dia em que não tinha vento. A rede entre Linha Catarina e Lajeadinho abrange em torno de 81 famílias. Eloi Kochenborger contou que a AES SUL foi até lá verificar a situação dos postes, mas “já faz dois anos e até agora não voltaram”. Os agricultores testemunharam que, quando falta energia, é reestabelecida somente depois de muitas reclamações. Lírio Krug lembrou que os agricultores pedem muito pouco: “estradas em condições e luz adequada”.
Levantamento por código de cliente
O Vereador Carlos Einar de Mello (PP) - “Naná” reclamou que o problema é geral, classificando o encontro como importante, pois a comunidade estava representada. A Secretária da Agricultura, Kátia Schu, explica que o caso dos postes também é registrado em Alfama. “Linha Catarina, por exemplo, é o maior produtor de frangos da região. Eles ficam desesperados quando falta luz nos aviários” aponta a Secretária.
Representando a AES Sul, Alessandra Kozlowski, coordenadora de Atendimento Coorporativo e Poder Público, explicou o mecanismo de funcionamento da empresa. Disse que o problema dos postes não ocorre somente em Montenegro, e que para fazer investimentos nesta área há um cronograma, o qual precisa ser aprovado pela ANEEL.
Propôs que fossem identificados os códigos de clientes, para que se possa realizar avaliação de todas as situações. “Vamos fazer uma inspeção e um diagnóstico”. Quanto à poda, Alessandra explicou que não é responsabilidade da concessionária, que tem apenas autorização para cortar o que está próximo à rede. Garantiu ainda que a AES Sul está fazendo investimentos, e que atualmente não mais são utilizados postes de madeira.
Como encaminhamento, deverão ser apurados os códigos dos clientes onde há problemas nos postes, demora no reestabelecimento de energia e carga insuficiente. Alessandra solicitou que, após receber as informações, decorridos trinta dia ocorresse nova reunião, quando trará respostas às demandas.
Os vereadores Ari e Naná irão apresentar novo requerimento na Câmara para que ocorra a nova reunião já com dados concretos por parte da AES Sul.