Prédio da AMBEV: Governo Municipal não tem projeto para a área

O Secretário, de forma transparente, disse que realmente não tinha conhecimento da publicação do Decreto tornando de Utilidade Pública, para fins de desapropriação de domínio pleno, de uma área de terras pertencente à AMBEV, com superfície de 306.860,00 m², situada na entrada da cidade, no Bairro Olaria. Pelo Decreto, diz que se destina à implantação de Centro Industrial, Comercial e de Turismo. Kadu explicou que assim que teve conhecimento, começou a trabalhar mais efetivamente.
O presidente da Câmara Renato Kranz (PMDB) e os Vereadores Rose Almeida (PP) e Márcio Müller (PTB) fizeram várias perguntas, entre elas: houve debate entre o Secretariado, Associação Comercial, Industrial e de Serviços e CDL quanto à aquisição e destinação do antigo prédio da AMBEV? “Quando se faz um Decreto para uma área é porque já se sabe realmente o que vai acontecer”, cobrou Rose Almeida.
Segundo Kadu, é um desperdício a forma como a área está atualmente, a qual fica em uma localização privilegiada, na entrada da cidade, onde circulam milhares de pessoas. Pelos preços de mercado, estaria avaliada entre seis e sete milhões de reais. O Secretário admite que, atualmente, o Município não possui estes recursos. Porém, acredita em uma Parceria Público Privada (PPP) e em que poderia ser adquirida por um valor menor, pois, para fins de cobrança de IPTU, está avaliada em R$ 900 mil.
“Estamos trabalhando com várias possibilidades para a futura ocupação do prédio, entre estas para um centro industrial, comercial e de turismo”, explica. Kadu cita que, dentre as próximas medidas, figura a abertura do diálogo com a AMBEV, o que, segundo ele, até o momento não foi realizado. Questionado pelos Vereadores se algum membro da Administração já esteve no prédio, Kadu disse que ele não, e que não tinha conhecimento se alguém teria visitado a área. No entanto, em contato com corretores de imóveis, foi informado de que a estrutura está bem precária.
Márcio Müller cobrou se a aquisição é um bom negócio para o Município. O Secretário acredita que sim, devido à localização estratégica da área. Porém, pregou cautela quanto a valores. “Não temos nada definido. O que existe seriam ideias, algo a ser trabalhado”, reforçou. Para os Vereadores, a publicação do Decreto tornando de Utilidade Pública o prédio da AMBEV aconteceu de maneira precoce, sem uma condição consistente de ocupação. “A conclusão deste processo vai necessariamente passar por aprovação da Câmara de Vereadores”, conclui Renato Kranz.