Prefeitura não sabe o que vai instalar em prédio alugado
Presidido pela Vereadora Rose Almeida (PP), o encontro desta segunda (15) pela manhã, na sala de reuniões do Legislativo, teve a participação de representantes da Prefeitura, Ministério Público, Conselho Tutelar, Polícia Civil e de inúmeros Conselhos municipais.
O Chefe de Gabinete, Clóvis Domingues e o Secretário de Habitação, João Antônio Moreira, questionados sobre o quê vai ser instalado no prédio, responderam que o Executivo ainda está avaliando o assunto. Moreira argumentou que a possibilidade do Conselho Tutelar e de outros Conselhos ocuparem o prédio trata-se apenas de uma especulação. Questionado sobre a economia gerada com a locação do prédio, com o Município deixando de pagar aluguel de outros pontos, o Chefe de Gabinete não respondeu.
“Já estamos praticamente acertados. A locação do imóvel terá um custo de R$ 8 mil por mês”, disse Domingues. Segundo Moreira, é certo que o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) não será transferido para este espaço. Uma das salas deverá ser destinada ao atendimento psicológico realizado pelo Município, atualmente prestado em uma sala locada no edifício San Marino. Os Conselheiros Tutelares presentes manifestaram claramente sua contrariedade. Para eles, colocar o Conselho neste prédio seria um retrocesso, pois não é apropriado.
O Vereador Carlos Einar de Mello - “Naná” (PP) questionou quem está pagando a reforma. Domingues disse que toda adaptação realizada nas 29 salas e três andares é por conta do proprietário.
Para o Promotor de Justiça Thomás Colletto, a integração do serviço social passa por normativas que devem ser consideradas. Cita como exemplo que para o CAPS é necessária uma entrada exclusiva. Somente este ponto já impossibilita sua instalação naquele prédio. “Oficiamos o governo para saber quais Conselhos irão para este espaço”, informou. Colletto reforça que a miscelânea de órgãos no mesmo prédio é prejudicial ao Conselho Tutelar, inclusive inibindo denúncias.
João Moreira voltou a reforçar que a preocupação é exagerada, pois não existe nada definido ainda. “Estamos fazendo o estudo das compatibilidades”, acentua.
Um dos provocadores da reunião, Vereador Marcos Gehlen (PT) - “Tuco” destacou que, a partir das declarações dos representantes do Executivo, ficou claro que não há nada definido ainda.
A Vereadora Rose Almeida (PP) encerrou o encontro observando que o Legislativo irá aguardar oficialmente a manifestação da Prefeitura, apontando o que vai funcionar no prédio e a economicidade pretendida.