Região mobilizada pelo tema “Cheias do Vale do Caí”

por mon — publicado 20/08/2015 09h13, última modificação 01/06/2016 11h05
O Plenário da Câmara de Vereadores de Montenegro esteve lotado durante audiência que tratou do tema “Cheias do Rio Caí”. A iniciativa partiu dos vereadores Roberto Braatz (PDT) e Carlos Einar de Mello “Naná” (PP), com o objetivo de manter mobilizada comunidade e lideranças politicas. Participaram prefeitos e vereadores de Pareci Novo, Harmonia e São Sebastião do Caí.

A comunidade das regiões ribeirinhas se fez presente em bom número cobrando energicamente soluções.
    A parte técnica da audiência, presidida pelo vereador Marcos Gehlen “Tuco”, foi concentrada no Ex-diretor Superintendente da Metroplan, arquiteto urbanista Oscar Gilberto Escher, Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, Tânia Regina Zoppas e o arquiteto da Metroplan, Jayme Keunecke, Secretaria de Obras do Estado, Pedro Antônio Dallacqua.
    Por parte da comunidade ficou evidente a ansiedade para que algo aconteça no sentido de ação para solucionas as questões das cheias. Alguns setores, como o representante do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Rafael José Altenhofen que destacou a preocupação quanto a uma intervenção com a construção de um dique. “No caso de acidente em que pode atingir centenas de pessoas, quem será o responsável”, cobrou. Ele também lamentou que fosse permitido ocupar banhados. Por último, alertou: cuidados com os diques, quem fará a manutenção.
    Em seu pronunciamento, o vereador Roberto Braatz (PDT) citou que houve avanço com o estudo e a escolha da comunidade por uma das seis alternativas que é a construção de dique. “Agora, não podemos parar precisamos estar mobilizado e cobrar tanto do Governo Estadual como do Federal”, apontou.
    O ex-diretor da Metroplan, Oscar Gilberto Escher demonstrando total conhecimento da matéria abriu sua fala com frase forte: “Não há presença humana sem transformação, é preciso vencer para ter qualidade de vida”. Escher fez essa introdução visando defender o estudo realizada pela empresa que na época foi custeado pelo governo do Estado. O arquiteto disse que fica feliz em ver a região mobilizada. Lembrou que na consulta realizada junto a comunidade foram apresentadas seis alternativas e a opção ficou por conta do Dique de Proteção e o Corte no Rio. “O investimento previsto é algo entre 44 milhões”, contou.
Segundo Escher se a alternativa da comunidade fosse continuar convivendo com as cheias, o custo para o município em 20 anos seria de 70 milhões.
    Para o arquiteto da Metroplan, Jayme Keunecke a participação do Comitê Caí da uma legitimidade ao estudo. Também elogiou a empresa Engeplus que fez o trabalho. Jayme disse que já solicitaram ao Governo Federal R$ 5 milhões para o projeto básico. Respondendo a provocação do ambientalista Rafael, acredita que a manutenção do dique deve ser compartilhada entre os municípios.
    Em um tom mais enérgico o ex-diretor da Metroplan, Escher disse que é enfrentar ou não enfrentar o problema. “Agora, pode não se fazer nada também”, ironizou.