Seguem os depoimentos na CPI do Videomonitoramento

por mon — publicado 21/07/2014 15h59, última modificação 01/06/2016 11h05
A Câmara de Vereadores continua ouvindo depoimentos, na Comissão Parlamentar de Inquérito instalada para apurar fatos envolvendo a anulação do contrato para instalação do videomonitoramento na cidade.





    Nesta segunda-feira (21) estiveram na CPI o empresário Alfredo José Heinz, da HTEC; José Guella Filho, Engenheiro da Redesul, e o servidor e ex-Secretário de Gestão e Planejamento, Paulo Zang.
    A presença dos depoentes foi solicitada pelo representante do PDT na CPI, o Vereador Ademir Fachini. Para Alfredo Heinz, Fachini limitou-se há perguntar quanto tempo é necessário para elaboração de um projeto de videomonitoramento, do porte do contratado por Montenegro. Como não participou de questões que envolvem o projeto e sim da licitação para execução, o empresário preferiu não opinar no que tange a tempo de elaboração.
    Alfredo também esclareceu questões muito discutidas, como a de ter passado “errorex” em um item da sua proposta. “Isto não influenciava em nada, apenas apaguei um valor que cotei junto a uma empresa onde busquei orçamento para compor a planilha total”, argumentou. Heinz também disse que é preciso considerar que a Licitação foi de Preço Global e não Individual.  Atualmente, a HTEC tem um contrato com o Município de locação de fibra óptica interligando as Secretarias.
    O Vereador Renato Kranz (PMDB) questionou quais as razões da HTEC, no Pregão Presencial, ter desistido na sexta rodada de cotação dos valores financeiros. Alfredo Heinz disse que a empresa já tinha entrado no Pregão no limite mínimo da proposta financeira. “Queria ter ganhado, mas não tinha como acompanhar a proposta vencedora do concorrente”, comentou. Kranz fez mais uma pergunta: se o empresário participaria de uma licitação por item. Ele ponderou que, se viesse a participar, seria somente nos ítens que demandassem assistência.
    Para justificar, explicou que é mais ou menos como comprar um automóvel por peças para ser montado por outro.  O Procurador do Município Alexandre Muniz de Moura, também presente na CPI, abordou o empresário se ele sabia aonde implantar a rede de fibra óptica para o videomonitoramento. Alfredo afirmou que sim, bem como todas as outras empresas. Encerrada a participação do primeiro depoente, entrou na sala o engenheiro José Goella. Dentre as perguntas a ele, a do Procurador Muniz, que buscou saber quanto tempo é preciso para a realização de um projeto de videomonitoramento. Guella disse que depende da certeza do cliente, sendo que poderia ser realizado em trinta dias.
Por último, encerrando as oitivas veio Paulo Zang, servidor de carreira do Município, que no governo passado atuou como Secretário de Gestão e Planejamento. Respondendo a todas as perguntas com muita clareza e exatidão, Zang passou informações sobre como aconteceu esta questão do videomonitoramento. Sua participação ocorreu atendendo solicitação do Vice-Prefeito da época, Marcos Griebeler. O Relator Gustavo Zanatta indagou a Zang qual a participação de Eleandro Canani na elaboração do projeto.
Segundo o ex-Secretário de Gestão Paulo Zang, o primeiro contato com Canani foi para a cotação preliminar para o processo de instalação de videomonitoramento, sendo que em nenhum momento ele participou de alguma ação relacionada ao projeto. Fazendo uma ordem cronológica, Zang citou ainda outros contatos que teve com o empresário. O segundo foi na visita técnica, o terceiro no próprio processo licitatório, o quarto na assinatura contrato e o último no Ministério Público.
Na próxima segunda, estará depondo na CPI o ex-Vice-Prefeito Marcos Griebeler, também atendendo solicitação do Vereador Ademir Fachini.