Superintendente da Corsan vai cobrar da empresa qualidade nos consertos
O presidente Renato Kranz passou a palavra ao Vereador proponente, Braatz, que realizou a apresentação de várias fotos, obtidas em diferentes locais da cidade, para apontar o que qualifica como “péssima qualidade na recuperação dos consertos”, tanto no calçamento, quanto na pavimentação com emulsão asfáltica.
A Companhia respondeu aos questionamentos. Quanto à Rua Júlio de Castilhos, o gerente Fernando Orth alegou que os serviços não foram concluídos. Na Rua Padre Miguel Kellner, do Bairro Cinco de Maio, no que tange à conclusão do asfalto por onde passa esta rede, Orth disse que é uma obrigação da empresa que fez os apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O Secretário Schmitz se comprometeu em verificar junto à Administração se foi realizada cobrança neste sentido, uma vez que se trata de obra de responsabilidade da Caixa Federal, em parceria com a Prefeitura. “Na Dr. Flores, por exemplo, onde foi feito conserto, ele ficou muito ruim”, qualificou o Vereador. Os representantes da Corsan concordaram e prometeram que o serviço será refeito pela empreiteira.
Após extenso debate, em que vários pontos foram explicados, o Superintendente Lutero Fracasso garantiu que, terminada a reunião, iria à empresa conversar com o proprietário. “Temos um contrato com a empresa terceirizada, de apoio operacional para fechamento, compactação e pavimentação. Ela tem que fazer um serviço de qualidade”, reforçou Fracasso.
O Vereador Braatz, incisivamente, alertou para a preocupação quanto à qualidade do material utilizado. “Parece-me que o asfalto colocado em alguns trechos, onde são feitos os consertos, não tem a mesma qualidade do pavimento original”, acrescenta.
Para o presidente da Câmara, ocorreram muitos avanços a partir do novo contrato da Prefeitura e Corsan, estabelecido na Administração anterior. “Várias obras foram realizadas, o serviço melhorou muito, e ainda existe a previsão do investimento de mais de 50 milhões de reais, já definidos para Montenegro”, comemora. Kranz também entende que se precisa avançar ainda mais na questão dos reparos. Por último, o presidente teceu elogios ao empenho e dedicação do gerente Fernando Orth e sua equipe.
Na mesma linha, o superintendente Fracasso ressaltou a dedicação e comprometimento da equipe de Montenegro. “São muito empenhados, se for preciso efetuar algum conserto de madrugada ou durante um temporal, ele é feito”, reconheceu.
Quando a questão dos rompimentos entrou em pauta através do Vereador Braatz, cobrando que muitos deles acontecem com frequência, Lutero Fracasso foi transparente: “não tem como não acontecer. São mais de 250 quilômetros de tubulação, 40 mil luvas plásticas, totalizando mais de 176 mil peças subterrâneas”.
Outro ponto negativo apontado por Fracasso foi quanto ao solo de Montenegro, que seria muito ruim. Segundo ele, os vazamentos ficam abaixo do considerado pelas próprias fabricantes das peças utilizadas. Por último, não fugiu da responsabilidade da Companhia, alegando que procura fazer o possível para diminuir o impacto dos transtornos para a sociedade. Montenegro tem mais de 22 mil ligações, sendo considerada pela Corsan cidade de médio porte, no que tange ao fornecimento de água potável.