Vereadores ouvem do Prefeito que buscará apoio do Estado ao monitoramento

por mon — publicado 14/06/2013 15h34, última modificação 01/06/2016 11h07
Na terceira reunião na Câmara que discute as motivações da Administração para suspender o contrato assinado pelo governo anterior com a empresa Soluções Sistemas de Segurança, que instalaria treze câmeras de videomonitoramento em Montenegro, os Vereadores obtém a garantia do Prefeito Paulo Azeredo (PDT) de que o Município não desistiu da implantação do sistema.

         Azeredo informou que terá audiência no próximo dia 2 com o Secretário de Segurança Pública do Estado, Aírton Michels. Objetivo: verificar a possibilidade do Governo do Estado repassar verbas para o videomonitoramento.

         "O que me levou a segurar um pouco foram diferenças de preços que encontramos entre as empresas concorrentes da licitação”, justificou o Prefeito. “Nunca afirmei que a empresa A ou B teve superfaturamento, mas que há valores discrepantes”, acrescenta, especificando com o preço, constante no processo, de um dos componentes do sistema. “Um monitor de televisão cotado em mais de quatro mil reais, quando no próprio processo há cotação de monitor LED 40 polegadas, de loja de Montenegro, com custo de R$ 1740,00”, exemplifica Azeredo, revelando que os documentos da licitação foram solicitados e entregues para o Ministério Público.
        Segundo o Prefeito, o propósito do Executivo é montar um sistema que, além das 13 câmeras de videomonitoramento originais, contaria com mais 26 câmeras de monitoramento gravadoras de imagens. Seriam colocadas fora do eixo principal abrangendo o município inteiro, com pontos de gravação em áreas movimentadas: entroncamentos no interior e o acesso a alguns bairros. “Serão 26 pontos voltados ao monitoramento, com duas câmeras em cada um. Podemos dizer que Montenegro estará monitorado e videomonitorado quase cem por cento no centro, nos bairros e comunidades do interior”, detalhou Azeredo, sobre o projeto que irá apresentar à SSP.
Paulo assegurou que a Prefeitura não vai desfazer o projeto original de videomonitoramento, mas sim agregar o monitoramento. “Uma ação não invalida a outra”, qualificou, explicando que ele deverá ser aprimorado, com a colocação de câmeras de leitura facial e de placas de veículos. Através de convênio com uma empresa, possibilitaria também o monitoramento da velocidade e controle de trânsito, via equipamentos ligados à internet, levando segurança para o interior e os bairros.
       Também participaram do encontro empresas do ramo e o cidadão Florêncio Castilhos, que vem acompanhando o processo há algum tempo. Para ele, ficou claro que não houve superfaturamento. “Custo é uma coisa, superfaturamento é lucro exorbitante”, comparou. Castilhos, que se identificou como tecnólogo, disse: “analisando, vi que é um excelente projeto e que os preços finais, globais, estão de acordo com o mercado, de acordo com levantamento que fiz”. Acrescenta que sua preocupação foi com o prefeito não ter trazido ao encontro uma pessoa especializada para lhe orientar sobre o projeto, e também a de que gostaria de saber o custo do sistema funcionando totalmente.
       Ao final, a Presidenta da Câmara, Rosemari Almeida salientou que o objetivo dos Vereadores foi conhecer melhor o que vai ser feito em matéria de videomonitoramento, “porque nos preocupa o fazer mais por muito menos com mais qualidade”. Rose defendeu realização de encontro mais técnico, “em que o prefeito traga alguém que nos convença, nos mostre, nos dê a garantia da qualidade, da eficácia do equipamento”.
       Acrescenta: “também queremos economizar, mas queremos que funcione o que for colocado. A economia só surte efeito dependendo de sua eficácia ao final”. Sobre o prazo para instalação, anteriormente previsto em oito meses, a Presidenta solicitou que a Administração tornasse público que irá demorar muito mais.
      O Prefeito convidou os Vereadores para o acompanharem na audiência dia 2, na Secretaria. “Após, agendaremos nova reunião na Câmara”, finalizou Rose.