Vereadores ouvem explicações de empresa sobre não instalação do videomonitoramento

por mon — publicado 21/05/2013 08h59, última modificação 01/06/2016 11h07
“Um despropósito”. Assim foi definida a postura da nova Administração Municipal - que suspendeu o contrato para instalação do sistema de videomonitoramento em Montenegro - pelo diretor da empresa Soluções Sistemas de Segurança, vencedora do Pregão Presencial 61, licitação realizada ano passado pela Prefeitura.

Eleandro Canani, de Bento Gonçalves, apresentou suas justificativas na Câmara, segunda (20) pela manhã, atendendo requerimento do Vereador Renato Kranz (PMDB). Justificou não ter podido participar da primeira reunião que debateu o tema, em março,
         Segundo Canani, o cancelamento lhe causou “estranheza”, pois o contrato havia sido assinado em dezembro. Previa aplicação de 430 mil reais para instalar doze câmeras. “Recebi telefonema perguntando se havia comprado os equipamentos, que era para cancelar a compra”, revelou o diretor da empresa que, segundo comentou, atua há 20 anos no mercado de digitalização e armazenamento de imagens, possuindo trabalhos em cidades como Bento Gonçalves e Guaíba. 
“Fui simplesmente desrespeitado”, protestou. “Desafio qual município fez projeto de videomonitoramento com 39 câmeras por 430 mil reais”, prosseguiu, informando que a empresa está ajuizando na Justiça ação por Perdas e Danos, “haja vista a forma como o processo foi conduzido”.
         O empresário revelou que no início do ano teve encontro em São Sebastião do Caí, que classificou como “informal”, com pessoa que lhe propôs baixar o custo da instalação para 270 mil reais. “Não faço conchavo”, respondeu à proposta. Ele citou os requisitos do edital da licitação, lançada pelo Município, segundo os quais, além dos equipamentos, há vários itens de apoio, bem como precisa ter o aval de profissionais, através de uma Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. 

Videomonitoramento
         Romério Heinz, participante pela empresa que instalou a fibra ótica necessária à operação das câmeras, explicou que a rede foi implantada, mas não há informação sobre se o contrato foi rescindido ou renovado. Também presente, Florencio Castilhos da Silva, enquanto cidadão se disse preocupado com os fatos levantados. Na sua avaliação, se não ocorreu superfaturamento, a licitação foi anulada ilegalmente, o que seria um crime, pondo em dúvida tanto a idoneidade da empresa como das demais participantes do processo. “Há uma sequência de irresponsabilidades. Lastimável, ridículo o que está havendo”, protestou.
         Os Vereadores citaram os Pedidos de Informação cobrando maiores esclarecimentos sobre o caso. Ficou acertado que, como para esta reunião o Executivo não havia sido convidado, apenas a empresa vencedora da licitação, haverá novo encontro, com a participação da Prefeitura.