Abastecimento e rompimento de tubulações de água da Corsan são temas de reunião na Câmara de Vereadores
A falta de água e os constantes rompimentos das tubulações da Corsan resultaram em uma reunião do legislativo, promovida pelo gabinete do vereador Gustavo Oliveira (PP), com a presença de representantes da companhia de saneamento e da administração municipal. Um dos objetivos foi esclarecer pontos do contrato da prefeitura com a Corsan e, juntos, buscar uma saída para os problemas de abastecimentos e rupturas dos canos na cidade.
Hoje Montenegro conta com 325 km de tubulações que ficam a 40 centímetros abaixo do solo. De acordo com Marcelo Faro, coordenador operacional da companhia em Montenegro, esta situação também facilita para que haja os rompimentos dos canos. “Quando necessitamos fazer o conserto de uma ruptura precisamos, também, de um tempo de compactação para, após isso, ser feito o recapeamento do asfalto. O que leva em torno de 15 dias, com tempo bom”.
Este prazo de recapeamento também foi questionado pelo vereador Gustavo. Segundo Silvani Scheid, gestora da unidade na cidade, a empresa contratada pela Corsan recebe as ordens de serviço, porém há uma demora para realizar o trabalho. “O que podemos fazer é notificá-la para que de agilidade nas obras de recuperação do recapeamento”, ressaltou.
Em 2011 foi fechado um contrato com a Corsan e a última reunião, que tratou sobre as ações da companhia no município, aconteceu em 2017. “Tem vários pontos que não sabemos deste contrato e que precisa ficar claro para nós, do legislativo, e para a comunidade”, disse Gustavo.
Abastecimento nos bairros Panorama e Santo Antônio
Outro ponto abordado pelo vereador Paulo Azeredo (PDT), que também participou da reunião, foi a constante falta de água nos bairros Panorama e Santo Antônio. Em resposta Faro disse que a companhia depende do fornecimento de energia pela RGE. “Quando há falta de luz, no nosso ponto de bombeamento de água, os primeiros locais a serem atingidos são os dois bairros por que estão em pontos mais altos da cidade”. Conforme Faro há um estudo para a colocação de um reservatório que atenda a população daquela parte da cidade. Os custos estão orçados em R$ 1 milhão e deve resolver a situação do abastecimento de água.
Fundo Municipal de Gestão Compartilhada
Outro ponto abordado foi o funcionamento do Fundo Municipal de Gestão Compartilhada. O executivo de Montenegro e a Corsan criaram este fundo, em dezembro de 2011. Ele tem como objetivo garantir os investimentos em esgotamento sanitário no município e contribuir com o acesso dos usuários ao saneamento básico e ambiental.
Os recursos, que mantém o fundo, vêm do faturamento mensal dos serviços de esgoto sanitário gerado pelo município. E de valores das arrecadações das multas aplicadas aos usuários que não se conectarem as redes coletoras de esgoto. Hoje 70% dos valores, o que equivale a R$ 254.746,85, estão depositados em uma conta gerenciada pela Corsan.