Aberta discussão sobre um restaurante popular em Montenegro
A necessidade de se implantar um restaurante popular em Montenegro, nos moldes do que existe em diversos municípios do país, foi destacada em reunião sexta (22), na Câmara, promovida pelo gabinete da vereadora Camila de Oliveira (Republicanos). Ela conta que, ao sair uma noite com o pessoal da igreja, para fazer a doação de sopa, ficou chocada com a quantidade de pessoas na rua, necessitando de alimentos. Diz que a realidade é “nua e crua'': são crianças chorando de fome, pessoas revirando o lixo, procurando comida. Não dá para ficar parado, e se um pequeno grupo conseguiu se mobilizar, fazer uma sopa e sair para distribuir, por que o Poder Público não poderia unir forças e implantar um restaurante popular?”
Recentemente, junto com o secretário de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Luís Fernando Ferreira, visitou o restaurante em Caxias do Sul. Na época, eram oferecidas seiscentas refeições por dia, duzentas no restaurante e mais quatrocentas, diretamente nas casas.
Relata que, muitas vezes, encaminhou casos de famílias desesperadas, pedindo por ajuda, por socorro, e se disse sabedora de que existem empresários e pessoas querendo fazer a doação desses alimentos. Com objetivo de verificar o que é preciso para acelerar a implantação do restaurante, participaram integrantes da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, como Mainara Kuhn, Diretora de Habitação e Secretária substituta; Daiane Almeida de Azevedo, Diretora de Política de Formação e Qualificação Profissional, e Carliane Pinheiro, Diretora de Assistência Social. “Gostaríamos de ter o restaurante popular, mas são necessários muitos recursos, unir-se forças. Sugiro que numa próxima reunião esteja presente a área da Saúde e outras pastas do Município, como a de Indústria e Comércio, para que consigamos construir, em conjunto, um plano de trabalho”, prosseguiu Carliane.
Proposto que a Secretaria elabore um projeto de restaurante popular, contemplando a estrutura e recursos. Posteriormente, a discussão seguiria em um grupo ampliado, com a ACI, Sindilojas, empresas, donos de supermercados, de restaurantes e agricultores que se disponham a fazer a doação de excedentes de alimentos. “Vamos fazer o mapeamento, ver quais seriam as pessoas envolvidas e chamar uma nova reunião, só que precisaríamos contar com um projeto prevendo custos, para podermos pleitear sua implantação por parte do Município e também pelos governos estadual e federal, envolverem-se todos, tendo-se em mãos um orçamento de quanto se gastaria para ter um restaurante popular, com base numa proposta viável, possível de ser executada”, defendeu a legisladora.
Como resultado, o compromisso da Secretaria em apresentar um projeto. “Vamos ter que ir adiante. Agora é o momento de unir forças, de se pensar no todo, porque as pessoas estão precisando”, finalizou a proponente. A próxima reunião ficou agendada para daqui a dois meses, visando dar continuidade às providências.