Câmara debate soluções para os alagamentos na Rua Porto Belo
Presente a corretora de imóveis Andriéle Aline Pereira. Relatou o problema de um casal, comprador de residência na rua, a qual alagou no final do ano: “eles nem chegaram a se mudar, ainda”. Também a Engenheira Civil Tatiane Barbosa, da SMOP e moradores, caso de Paulo Roberto da Silva, que passou por situações complicadas. “Com a ajuda dos Vereadores, queremos auxiliar na resolução do problema, para que os ocupantes não vivam inseguros por morarem no local e, daqui a pouco, perderem tudo da casa”, comentou Andriéle.
A corretora diz saber que a situação da rua é complicada, pois os encanamentos passam nos fundos das casas, e o trecho onde os moradores estão localizados é o mais baixo, sendo que muitos já edificaram ali. Sugere que ao menos nos pontos em que ainda não existem casas, fosse possível a colocação de canos, para amenizar o problema.
Paulo relatou que desce toda a água de cima e das laterais para uma quadra da rua. “Minha casa está na parte mais baixa. Passa uma rede de esgoto por dentro do terreno na divisa do meu pátio, segue por baixo das outras casas dos fundos e cai na Rua Tramandaí. O encanamento é estreito, não dá vazão”. Diz que quando chove muito forte ou há algum entupimento não há vazão, e a água não desce para a parte mais baixa, indo para cima da calçada e entrando nas casas na Rua Porto Belo. “Na parte nos fundos, a água bota para fora, vem por dentro do esgoto e alaga tudo”.
Desmanchar o que está em cima
Durante o encontro, mostradas imagens do momento em que os canos estavam entupidos. O morador relata que, devido à enxurrada, caiu um muro de arrimo na divisa da sua casa “e veio a água, que arrombou portas e janelas”. Diz que perdeu a parte de baixo do terreno, quarto e cozinha: “tive que construir em cima, novamente, porque não foi solucionado o problema”, lamentou.
“Quando chove muito, sempre alaga dentro do terreno, e se um dia entupir de novo vai ocorrer a mesma coisa, talvez desmorone aquele muro, podendo acabar arrastando as casas nos fundos. Encheu de água o meu pátio, derrubou o muro do vizinho e do outro também, porque nenhum é muro de contenção, é somente de fechar o terreno”. Citou detalhes, como que o único encanamento para escoar a água que desce de toda a quadra e das laterais é o que passa pela divisa da sua casa, uma tubulação de 20 cm de diâmetro.
Segundo Mano Endres, titular da SMOP, as casas não poderiam ter sido construídas ali, pois houve um erro: toda a rede passa pelo pelos fundos, no pátio, a parte mais baixa. Paulo, um dos primeiros moradores, diz que no momento em que a rua começou a ser ocupada não havia problemas, estes surgiram quando se iniciaram construções nos fundos. Deixou uma sugestão: os moradores reunirem-se, comentarem entre eles que tudo o que estiver em cima da rede a Prefeitura irá desmanchar, e se fazer o aumento da rede. Depois, refaz-se o que estiver em cima.
Finalizando, o Secretário de Obras garantiu que o problema tem solução. Precisaria haver colaboração dos proprietários, no sentido de que deixem a Secretaria desmanchar o que há em cima, “senão, outro jeito não tem”, afirma Endres. A Prefeitura explica que a medida não vai solucionar, apenas serviria para que possa ser aumentada a vazão. “Vou ordenar que vocês sejam procurados, esta semana ainda, a fim de se fazer um levantamento onde é a rede, para pedirem as autorizações”.