Comissão de Divisas retoma atividades
A Comissão de Divisas que analisa as linhas limítrofes de Montenegro, integrada pelos vereadores Ari Müller (PP), Juarez Vieira da Silva (PTB), Valdeci de Castro (Republicanos) e Paulo Azeredo (PDT) além da diretora de Geoprocessamento do município Aline Rosa, retomou nesta quinta-feira às atividades.
Um dos objetivos da reunião, que aconteceu na Câmara de Vereadores, foi analisar a proposta de acordo sobre o assunto assinada pelos prefeitos de Montenegro e Triunfo. Eles solicitaram um acerto político sobre as divisas que vai ser levado para a Comissão de Assuntos Especiais da Assembleia Legislativa. Segundo Aline há uma possibilidade de a comissão não aceitar a solicitação por que não está baseada em dados técnicos. “Não podemos abrir mão de uma metodologia para atender este ou aquele lado. Isso pode nos levar a uma insegurança jurídica e não é isso que queremos”, frisou Aline.
A primeira proposta enviada por Montenegro a Triunfo, que retoma os limites históricos em detrimento dos estipulados pelo IBGE foi aceito com ressalvas pelo município vizinho. O problema está na localidade de Catupi. Parte da comunidade deseja continuar em Montenegro, no entanto dois empresários locais solicitaram a inclusão de suas propriedades para Triunfo.
O imbróglio começou logo após a divulgação das linhas limítrofes pelo IBGE. O instituto traçou uma linha reta que corta várias propriedades ao meio. Em alguns casos, esse corte passa dentro das residências de muitas famílias. Ou seja, a cozinha fica em Triunfo, mas a sala está em Montenegro. Além disso, tem áreas que eram, historicamente, de Montenegro e foram para Triunfo e vice-versa. “Não temos como ficar picotando nosso território. Essa linha trouxe muita discussão e transtornos sobre os nossos limites”, destacou o vereador Juarez Vieira da Silva (PTB).
A comissão decidiu por manter o projeto original das divisas com a inclusão de parte que ficaria em Triunfo pelas linhas do IBGE, mas que historicamente sempre foram de Montenegro. O documento ainda depende de aprovação da Comissão de Assuntos Especiais da Assembleia Legislativa.