Dia do Descarte correto será estendido ao interior este ano

    Também participou o Secretário de Meio Ambiente, Rafael de Almeida, e Cristiano Barreto Kochenborger, coordenador de projetos da SMEC.
    A Vereadora conta que anos atrás, quando atuou como Agente Comunitário de Saúde em Vapor Velho, as pessoas lhe diziam: “Josi, estou com um fogão velho, uma máquina, um sofá em casa, não tenho para onde levar”. Em função disto, propõe a realização de campanhas para o recolhimento de objetos de maior porte, que não fazem parte do lixo comum, contando com o engajamento da Emater, dos Grupos Organizados do Lar (que existem em quase todas as comunidades rurais), a SMEC e escolas do interior.
    Diz que, certa vez, chegou a ser convidado alguém da cidade que trabalha com ferro-velho, para ir até lá recolher este material que o pessoal tinha. “Em 2016, a quantidade lotou um caminhão, com objetos como antena parabólica, fogão a gás, fogão a lenha, computadores antigos”, comenta a Vereadora, advertindo que, muitas vezes, estes materiais acabavam ficando na rua, expostos. “A limpeza, o descarte correto, faria com que as pessoas fizessem aquela faxina em seus galpões e descartassem este material, que se torna um entulho para eles”, projeta.
    “A comunidade nos pediu para mobilizarmos o Executivo para que o descarte correto também vá para o interior, quando seria feito o recolhimento daquele lixo que não vai para o lixo comum. Esta mobilização envolveria as escolas rurais, Emater, Grupos Organizados do Lar, para que juntos se consiga fazer um bom trabalho de educação ambiental, de conscientização das comunidades rurais, e de se propiciar um momento para se descartar corretamente aqueles materiais”, relata a Vereadora.
                                                  Ação de educação ambiental
    Conforme o Secretário de Meio Ambiente, na verdade o descarte correto é uma ação de educação ambiental, não é um serviço público, pois a Prefeitura não conta com uma empresa contratada, ou servidores disponíveis, para fazer este trabalho para a comunidade. “Trata-se de uma ação de educação ambiental, em que a Secretaria orienta as pessoas sobre como descartarem seu lixo, e quais objetos não podem ser descartados na coleta comum ou na seletiva, orgânica”. Explicado o que é lixo orgânico e seletivo, e que com o lixo orgânico pode ser feita uma compostagem em casa, quais os dias da coleta, como deve ser separado o material. Também prestados esclarecimentos quanto à Lei federal que trata da logística reversa.
    “O pensamento da Secretaria é realizar, uma vez por mês, ações de descarte correto em locais da zona urbana, escolhidos aleatoriamente, e manter o que vem sendo feito, uma vez por ano, durante a Ferural”, comentou Almeida.
    Revelou que a Secretaria vem estudando a possibilidade de incluir, entre os itens da nova licitação da coleta seletiva (o contrato atual vence em 2019), a colocação de um “eco ponto”, um local aonde as pessoas trouxessem este material. Isto seria mais um serviço prestado pela empresa contratada, que ficaria responsável pelo seu recebimento. “Estamos estudando, não se sabe ainda se será possível colocar em prática. Haveria a possibilidade de se recolherem outros materiais, como móveis, sofás, que apresentam muitos problemas de descarte incorreto, no município”.
    O coordenador de projetos da SMEC, Cristiano Kochenborger, disse que a próxima Ferural, no início de dezembro, tende a ser realizada em Campo do Meio, e está se pensando na possibilidade de realizar uma ação de descarte correto. A Vereadora Josi questiona se haveria a possibilidade de ser realizada a ação de descarte correto em uma das comunidades que vieram lhe reivindicar (Campo do Meio e Santos Reis) antes da Ferural, no final do ano.
                                               Três atividades no interior
    O Secretário Rafael afirmou que, se houver alguma mobilização da comunidade e eles se organizarem, poderiam contatar com a Secretaria e se verificaria a possibilidade de realizar um mês antes da Feira, “mas tem que haver a mobilização da comunidade”, frisou o Secretário, para que a ação tenha o resultado esperado. “O descarte correto não é só ir lá e levar o lixo. Com todos que vão até lá, paramos pelo menos uns dez minutos, para conversar. A ideia não é largar o seu lixo e ir embora, é ir lá para receber uma orientação educacional sobre o assunto”.
    Como resultado, a possibilidade de se fazer a ação de descarte correto em um dos dois locais, que são próximos, contemplando ambos. “As comunidades que tiverem interesse poderiam ligar para a Secretaria (36495678) solicitando a ação, e se organizarem com os meios de que dispõe (escola, associação, igrejas), para poderem realizá-la”.  Na visão de Cristiano, uma atividade deste tipo deveria ser concretizada nos mesmos moldes da Ferural e Feurbana: não ser apenas um evento da SMEC e do Meio Ambiente, e sim contar com a participação intensa da comunidade.   
    Ao final, projetada a realização de três atividades ainda este ano, envolvendo o descarte correto,: durante a Ferural; outra reunindo Santos Reis e região, e mais uma voltada à Costa da Serra e imediações. Esta proposta, conforme os participantes, isto atenderia as necessidades de toda uma região, englobando desde Campo do Meio até Passo da Serra. “Caso mais alguma tiver interesse, voltaremos a conversar”, diz Rafael, se referindo às localidades do outro lado de Montenegro, próximas a divisa com Tabaí. “Se a comunidade se mobilizar, voltamos a debater”, finalizou Almeida.