Inclusão de estudantes é discutida pela Frente Parlamentar da Educação na Câmara
Convocada pelo presidente da Frente Parlamentar da Educação, da Casa Legislativa, vereador Paulo Azeredo (PDT), aconteceu na noite desta terça-feira uma reunião com professores, SMEC e pais para discutir a situação da educação no município, em especial os atendimentos prestados pelas escolas de educação infantil no que diz respeito às inclusões.
A preocupação da Frente Parlamentar se deve a situação dos horários das monitoras, que atendem alunos em inclusão. Estes períodos não são suficientes para completar o turno em que estas crianças e adolescentes estão nas escolas. Por isso, também, foi abordada a situação do regime suplementar de trabalho. “Queremos contribuir e ajudar nesta discussão. Ouvimos que os assistentes têm horários diferentes dos professores e, ambos, diferente dos monitores que tem apenas 03 horas. Como fica o aluno de inclusão que precisa de monitor?”, frisou Azeredo. A preocupação tanto dele quanto dos pais é quem fica monitorando estes estudantes quando o monitor vai embora.
A questão das inclusões, de acordo com a secretária municipal de Educação, Ciglia da Silveira, vem sendo abordada nas escolas montenegrinas. Inclusive, Ciglia cita a participação de representantes da educação, em um seminário sul brasileiro que foi pautado neste assunto. “A gente conhece a realidade da escola onde trabalhamos. Na secretaria conhecemos as 28 escolas que atendemos. Inclusive de necessidades e apoios de situações que ainda não estávamos preparados”, ressaltou.
Existe um núcleo de atendimento a estudantes autistas em Montenegro com atuação de profissionais que auxiliam em déficit de aprendizagem. “Estamos enfrentando tudo junto. A gente sabe que é na escola que tudo acontece”, frisou Ciglia.
A inclusão de alunos com deficiência nas escolas é um desafio para as instituições de ensino e os educadores, assim como, em alguns casos, tem se tornado um drama para as famílias dessas crianças e jovens. “O que me preocupa como mãe é que vemos que a criança precisa de atendimento e de uma série de coisas que eles necessitam para se desenvolver”, comentou Marilize Garcia, mãe de um adolescente autista e professora de escola de ensino infantil.