Iniciada discussão sobre auxílio aos migrantes em Montenegro

por adm publicado 14/02/2019 16h05, última modificação 28/01/2020 18h12
O crescente número de migrantes que optaram por viver em Montenegro gera indagações, por setores da comunidade. Buscando encontrar possíveis respostas, a Câmara na manhã de quinta (14), atendendo solicitação da vereadora Josi Paz (PSB), realizou um encontro sobre o tema.

Teve participação de técnicos da Prefeitura, de entidades como ACI Montenegro/Pareci Novo e Sindilojas e de dois voluntários: o médico sanitarista Jorge Ossanai e a enfermeira Yasmin Braga.

Josi Paz esteve em 2018, na cidade de Caxias do Sul, conhecendo o case de sucesso Centro de Atendimento ao Migrante das Irmãs Scalabrinianas. Trouxe a temática para Montenegro, justificando que é visível o crescimento da quantidade de migrantes na cidade. “Precisamos saber quem são eles, quantos são e de onde vieram e o que, de fato, o poder público pode oferecer para eles”, pontua.

A vereadora alegou que, se existe algum diagnóstico neste sentido, ela não tem conhecimento. Uma das primeiras a se manifestar, Vera Scherer, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), comentou que não ocorre uma procura dos migrantes pelo CREAS. No mesmo sentido, Marilisse Belmonte, da Secretaria Municipal de Saúde, relatou que os serviços da saúde estão sendo pouco acessados por eles. Ela acredita que um dos fatores pode ser a falta de documentos.

Representando a Secretaria Municipal de Educação, Cristiano Barreto Kochenborger falou sobre os indianos que buscaram os serviços da Educação e que chegaram sem documentos. Ficou claro, no andamento do debate, que a falta de documentação pode estar inibindo os migrantes, na busca de auxílio.

O médico sanitarista Jorge Ossanai, que fala mais de seis idiomas, disse estar disposto a contribuir de forma voluntária no que for preciso, principalmente na parte do diálogo e da aproximação. Acredita que um dos motivos do distanciamento talvez seja a própria língua. Outra voluntária, a enfermeira Yasmin Braga, acredita poder contribuir na parte da saúde da mulher, entendendo o que é a cultura delas. Edar Borges, Chefe de Gabinete, elogiou a iniciativa da vereadora e classificou como importante este tema, para a Administração.

Depois de amplo debate ficou decidido que serão apuradas as informações iniciais referentes aos migrantes na cidade, as quais serão trazidas para a mesa de discussões no próximo encontro, marcado para o dia 13 de março, às 9h30min. Outra medida definida é a realização de uma audiência pública em abril.