Laqueaduras: cirurgias ainda não são realizadas em Montenegro
Conhecida como cirurgia de “ligadura de trompas”, a laqueadura é um dos métodos contraceptivos oferecidos de forma gratuita pelo SUS. Como ela é um procedimento definitivo, que previne a gravidez e não necessita da ingestão de hormônios ou de remédios, é bastante buscado pelas mulheres.
Como está prevista em lei essa cirurgia é realizada nas unidades de saúde que possuem serviços de ginecologia, obstetrícia ou maternidade, segundo o Ministério da Saúde.
Foi pensando em dar mais comodidade e agilidade nestas intervenções para as mulheres que a vereadora Camila de Oliveira (Republicanos) solicitou a reunião com a secretaria municipal da Saúde e o Hospital Montenegro para ver da viabilidade técnica e financeira de fazer as laqueaduras no município, sem a necessidade de deslocamento das pacientes até a capital. “Precisamos ver qual a possibilidade de se fazer estes procedimentos aqui na cidade”, destacou a vereadora.
Em Montenegro as mulheres, interessadas em realizar o procedimento, são encaminhadas para hospitais de Porto Alegre através da GERCOM, órgão regulador da saúde do Estado. “Como a secretaria da Saúde não está conseguindo marcar as cirurgias pela regulação em virtude da pandemia, nós disponibilizamos métodos contraceptivos para as mulheres da nossa cidade. Além disso, não temos muito mais o que possamos fazer uma vez que estes procedimentos não estão previstos como baixa complexidade de atendimento”, frisou a secretaria da saúde Cristina Renheimer.
Hoje, em virtude das cotas do Hospital Montenegro com o governo do Estado que prevê 70 cirurgias/mês para a região, a casa de saúde não consegue fazer esta cirurgia em larga escala por que ela ainda não é de média ou alta complexidade. Durante a reunião foi citada como exemplo as neoplasias ginecológicas como prioridade em detrimento das ligaduras por serem mais graves e de tratamento mais urgente.
As laqueaduras, neste momento, estão previstas como eletivas, ou seja, sem urgência. Além disso, são procedimentos não previstos na atenção básica da saúde e de responsabilidade do governo do Estado.
Confira o áudio da reunião, na íntegra, neste LINK