Legislativo faz entrega de documento no Ministério Público

por adm publicado 02/08/2021 17h45, última modificação 02/08/2021 17h45
Situação da população indígena, em Montenegro, foi o motivo de uma representação no MP

Preocupada com a situação da população indígena, vinda de cidades de outras regiões do Estado e que hoje reside no bairro Centenário, a Câmara de Vereadores de Montenegro, representada pelo presidente em exercício Felipe Kinn da Silva (MDB), e pelos legisladores Talis Ferreira (PP), Gustavo Oliveira (PP), Ari Müller(PP) e Camila Oliveira (Republicanos), juntamente com o prefeito em exercício Juarez Vieira da Silva (PTB), protocolou um documento no Ministério Público para que sejam tomadas providências em relação ao Estado do Rio Grande do Sul.

Em 2018 as primeiras famílias começaram a chegar ao município. Primeiro, se instalando na região da RSC 287 e, mais tarde, no terreno da Escola AJ Renner, pertencente ao Estado. Se antes a ocupação do terreno, na rua Simões Lopes Neto, era provisório o que se viu nestes dois últimos anos foi o aumento de indígenas que estão morando no local de forma permanente. E é esta a preocupação – também – dos vereadores. No local, não há água encanada ou mesmo energia elétrica, o que torna a subsistência destas pessoas inviável naquele espaço. 

A preocupação da Casa Legislativa também se dá em relação à convivência dos moradores do bairro com os índios, já que existem relatos de hostilidades de ambos os lados. 

O documento, entregue ao MP, também aponta uma série de irregularidades realizadas pelos indígenas como o furto de energia elétrica com índios pendurados em postes de energia fazendo ligações clandestinas. A outra preocupação é com as crianças. Os pequenos estão trabalhando com a venda de pequenos artesanatos ou pedindo esmolas, o que causa um grave problema social, uma vez que às crianças não é dado o compromisso de trabalhar. 

Os vereadores salientaram, durante a entrega do documento que, forma alguma pretendem atentar contra a possibilidade dos indígenas terem as suas terras e manterem as suas tradições, no entanto aquele não é um local adequado para que eles mantenham a tribo. Por isso o pedido para que o Ministério Público interceda junto ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, para que este destine uma área de terras, já identificada como reserva indígena, para que os indígenas possam habitar e manter as suas tradições.