Leis que defendem os animais: pedido reforçado por entidades, na Câmara
A Amoga, Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais, presidida por Maria Luiza Kimura, e a Cachorreiros e Gateiros, por Márcia Elisa de Mello, mantiveram os primeiros contatos visando maior aproximação com a nova legislatura da Câmara através do Vereador Cristiano, que antes de tomar posse em janeiro, se manifestou interessado em defender esta bandeira no Legislativo.
As voluntárias lamentaram o fato de que a maioria das pessoas, mesmo visualizando as ocorrências, não se interessa em formalizar denúncia de maus tratos aos animais. Muitas vezes, sabem a origem do cão que foi abandonado ou está sendo vítima de desleixo, mas optam por não se envolverem, deixando de denunciar o responsável por aquela situação. Márcia afirma que todos os dias a comunidade encaminha aos voluntários algum tipo de denúncia, principalmente de abandono de cachorros. Maus-tratos, em especial os físicos, além de deixar os animais sem proteção, com cobertor curto, sob o sol e a chuva, sem água e comida, são as situações mais encontradas.
Maus-tratos de cavalos, e até mesmo o caso de uma ave presa numa gaiola durante três anos, e que em função disto não consegue voar, são denunciados aos voluntários. Márcia sugeriu que fosse criada lei municipal multando as pessoas que praticarem maus-tratos, e que voltasse a ser discutida a proibição do uso de cavalos puxando carroças.
Dentre as sugestões, o estímulo à realização de uma campanha municipal de conscientização sobre maus-tratos e direitos dos animais, proposta que está sendo pensada pelo Grupo, que espera contar com o apoio da Câmara. Também a retomada de projetos de castrações de animais, com verbas públicas.
Solicitado o apoio do Vereador a que pressione pela tramitação da cedência de terreno da Prefeitura à Amoga, que pretende construir uma clínica que atenderá animais de rua, em especial aqueles doentes, e aonde poderiam ser realizadas castrações. A área está situada no Bairro São Paulo, sendo reivindicada há vários anos. O pleito é de que o Município ceda apenas o terreno, e a Amoga se disporia a captar recursos para a construção do espaço. A entidade ressaltou que, depois de atendidos, os animais não ficariam no local, retornando a sua origem.
Cristiano declarou que vem analisando projetos de outros municípios, relativos ao tema. Também pretende fazer a defesa de iniciativas em defesa dos animais para o conjunto da Câmara, com o objetivo de que sejam incorporadas por maior número de Vereadores.