Marsul pede prazo para cumprir contrapartida de incentivo

por mon — publicado 18/11/2014 15h26, última modificação 07/03/2016 11h56
A Marsul recebeu uma área do Executivo como incentivo, em 2012, tendo como contrapartida obrigações estabelecidas em lei. Diante de mudanças no cenário econômico causadas pela oscilação no preço da soja, “a empresa adiou a ampliação e o investimento que seria realizado e não cumpriu o constante em lei”, consta no projeto de lei 181/14, do Executivo, em pauta na Sessão Ordinária da Câmara desta quinta-feira (20).


        O texto legal estipula ainda que a empresa terá o prazo ampliado, de 12 para 36 meses, para cumprir a contrapartida ao incentivo recebido.
    Na lei, consta que a Marsul geraria 20 empregos após a conclusão da ampliação, que deveria ter sido concluída em 14 meses a contar da assinatura do Termo de Incentivo. Também repassar 14.085 URM (em torno de R$ 26 mil), para o custeio da drenagem constante no projeto de pavimentação com pedra irregular da Rua Cristo Redentor, quando a Administração iniciasse as obras.
    Os Vereadores ouviram na CGP os representantes da Marsul: a Diretora Geral Daniela Martinelli e o Diretor de Operações Ailto Merlo. Segundo Merlo, o que aconteceu foram problemas de mercado, em 2012. Citou como exemplo o aumento no preço da soja, alegando que a empresa não conseguiu repassar este custo para seus clientes.
    Explica que este reflexo ainda foi sentido nos dois anos seguintes: 2013 e 2014. Outro fator relevante: a não liberação de sete milhões de reais, via BNDES, para os investimentos. Merlo conta que a Marsul chegou a especular a possibilidade de financiamento via Bancos privados. Porém, entendeu não ser interessante no momento, em razão dos juros que cobram.
    Segundo Ailto Merlo, além destes fatores ligados à soja, somaram-se exigências dos clientes de algumas mudanças internas na empresa, em termos de estrutura. “Retiramos o administrativo do interior da sede, o laboratório foi alterado e ainda houve a ampliação do galpão”, justifica.
    Merlo aponta ainda que a produtividade foi aumentada, e que para 2015 está no planejamento construir a central de manutenção e vestiários novos. Quanto aos incentivos, explica que o repasse para a obra de drenagem da Rua Cristo Redentor depende somente de a Prefeitura dar início a ela.
    Os Vereadores na CGP, levando em consideração as explicações da empresa e a sua importância para Montenegro aprovaram o projeto por quatro votos, com uma abstenção. Segue para a pauta da Sessão de quinta, com início às 19 horas.