Plenário da Câmara acata Pedido de Impeachment

por mon — publicado 03/10/2014 10h31, última modificação 07/03/2016 11h57
Na sessão de quinta (02), o plenário acatou a representação em que o montenegrino Luis Henrique Soares de Melo solicita abertura, pela Câmara, de processo de cassação do Prefeito Paulo Azeredo (PDT).

    Com cinco votos favoráveis, dos Vereadores Márcio Müller (PTB), Marcos Gehlen (PT) - “Tuco”, Carlos Einar de Mello (PP) -“Naná”, Rose Almeida (PP), Gustavo Zanatta (PP) e três contrários (dos Vereadores do PDT, a bancada governista: Roberto Braatz, Ari Muller e Ademir Fachini). Nesta matéria, o presidente Renato Kranz não tem direito a voto e Edgar Becker não compareceu a sessão.
    O pedido deu entrada no final da manhã, sendo apreciado na Sessão Ordinária da mesma noite. O presidente Renato Kranz (PMDB) colocou-o em debate e nenhum Vereador se manifestou. Aprovado, Kranz passou para o procedimento de indicar a Comissão Processante responsável por conduzir os trabalhos, de agora em diante. Todos os partidos estarão representados e haverá a garantia de amplo direito de defesa, por parte do Prefeito Paulo Azeredo.
    O presidente é Márcio Müller, com Marcos Gehlen “Tuco” como relator. Fazem parte ainda Roberto Braatz, Renato Kranz e Carlos Einar de Mello - “Naná”. Após, o Secretário da Mesa Diretora, Marcos Gehlen fez extensa leitura de todo o documento que embasa o Pedido de Luis Henrique. Em seus principais trechos, cita: a anulação ilegal da penalidade de demissão de servidor; o abono indevido de faltas; falsa declaração de registros de Ponto, com recebimento indevido de valores.
    Logo no início de seu Pedido, Luis Henrique aponta que “o quadro é de absoluta perplexidade”, referindo-se à anulação ilegal da penalidade de demissão de servidor. Suas alegações estão baseadas na Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa ajuizada contra o Prefeito, no caso envolvendo a readmissão do ex-servidor Jéferson Carvalho.
    Na Ação, consta que no dia sete de janeiro de 2013 o Prefeito recém-empossado praticou ato “contra expressa disposição de Lei, na medida em que, de forma ilegal, anulou a Portaria 6.613/2012, de 27 de dezembro de 2012, expedida pelo Prefeito anterior, que havia aplicado a pena de demissão ao servidor público Jefferson Luis Motta Carvalho”.
Na próxima semana, os Vereadores já devem ter uma primeira reunião, quando definem o método de trabalho. Detalhes, com o Relatório na íntegra, em: http://www.montenegro.rs.leg.br/noticias/popular-protocola-pedido-de-impeachment-do-prefeito-paulo-azeredo