Presidente do Legislativo recebe integrantes do Sindiagua
A privatização da Corsan foi o tema de uma visita de integrantes do Sindiagua ao presidente do Legislativo Juarez Vieira da Silva. Um dos objetivos da visita foi o de buscar uma moção de apoio da Câmara de Vereadores contra a venda da companhia. "Nós estamos defendendo a função da Corsan na sociedade. Não é só uma prestadora de serviços, também gera recursos para o Estado, que busca no caixa da companhia os valores que são investidos na segurança, na educação e na saúde, por exemplo. Este resultado positivo é 100% investido no Estado" , destacou o presidente do sindicato Arilson Wunsch. Em um levantamento do Sindigua a Corsan já passou R$ 241 milhões em lucros que foram repassados ao governo do Rio Grande do Sul.
Wunsch ressaltou, ainda, que se a privatização ocorrer este resultado positivo em reais não vai ser reinvestido no estado. "Estamos colocando nosso contra ponto e dizendo que a Corsan é viável", disse Wunsch. Durante a visita também foram apresentados dados técnicos internos da companhia dos quatro objetos do decreto regulatório. "A Corsan tem problemas históricos, dificuldades de investimentos. A gente sabe disso e não estamos tentando tapar sol com a peneira. Mas temos uma defasagem histórica tanto de pessoal quanto de investimentos do Estado", frisou o secretario de saneamento ambiental do Sindiagua Vinicius Giordani
Outro ponto, destacado durante a reunião, se refere à tarifa social, que pode ser extinta com a privatização. Em Montenegro são atendidas 216 famílias, além do serviço prestado para o condomínio que fica no bairro Cinco de Maio. Lá, o valor da conta de água já chegou em R$ 20 mil e foi reduzido depois de várias tratativas junto à companhia. Ainda assim há um déficit de seis meses de pagamento que estão em atraso. A preocupação dos integrantes do Sindiagua é que este serviço seja prejudicado ou mesmo cancelado.
O presidente Juarez expos que a Casa Legislativa está de portas abertas para ouvir as demandas do sindicato e entende que a água é um bem da comunidade e não deveria ser privatizado. “Precisamos resguardar este bem que é da população. Nós nos colocamos à disposição dentro daquilo que podemos fazer para contribuir com a situação em que a Corsan está vivendo. Vão ter coisas que nós não vamos conseguir fazer. Mas, o que estiver ao nosso alcance nós vamos ajudar”, destacou.