Presidente participa da formatura de apenados no Projeto Justiça Restaurativa, na Modulada
Durante seis meses, ele foi desenvolvido com a coordenação do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc).
A cerimônia contou com a presença da juíza Priscila Gomes Palmeiro, diretora do Foro da Comarca de Montenegro e outras autoridades. O apenado que discursou representando os participantes, disse que são muito visíveis os efeitos que podem causar os seis meses de convivência no programa desenvolvido pelo Cejusc. “Durante este período, conversei e pude ter a comunhão com a sociedade”, disse ele, há sete anos no sistema prisional. Deixou claro que imaginava estar abandonado. Porém, a partir deste projeto, acredita que é possível dar um passo a mais na sua vida.
O programa é realizado com a parceria de voluntários, que durante seis meses são os facilitadores para a aplicação dos Círculos de Paz, uma das ferramentas da Justiça Restaurativa. Os trabalhos aconteceram duas vezes por mês, oportunizando aos apenados falarem sobre seus sentimentos, resgatando momentos desde sua infância.
O presidente da Câmara, Cristiano Braatz - Von observou que pôde constatar a grande dedicação de voluntários, profissionais da SUSEPE e do Poder Judiciário, buscando fazer algo mais no sentido de devolver para a sociedade pessoas melhores do que entraram no sistema prisional.
Visivelmente emocionada, a juíza Priscila Gomes, que esteve à frente de sua implantação, afirmou que o Projeto, pioneiro no Estado, deve ter continuidade em 2020. Fez uma contextualização sobre o início da proposta, que nasceu a partir do diagnóstico de que muitos apenados, após saírem do regime fechado, tinham que recorrer a medicamentos de controle da ansiedade.