Problemas estruturais na EMEI José Flores Cruz causam preocupação entre pais e professores do educandário
“Colocaram o tapume e sumiram. O problema não foi causado por nós, da escola, foi uma máquina da prefeitura que esteve lá e deixou a situação como está. Mas a EMEI não tem visibilidade, não tem vitrine, é lá no fim do mundo”, destacou Juliane da Motta, mãe de aluno e membro do CPM da EMEI José Flores Cruz, na reunião que discutiu a situação da fossa e de problemas estruturais na escola.
O encontro foi proposto pelo gabinete do vereador Talis Ferreira (PP), que vem cobrando há algum tempo melhorias na escola. “Precisamos sair daqui com uma resposta para a comunidade escolar. Caso nada seja feito, vamos ao Ministério Público porque do jeito que está não dá pra ficar”, frisou o parlamentar.
De acordo com a diretora da escola, a professora Aline Nedel, toda essa situação vem sendo relatada há um tempo. “Não é de agora que pedimos ajuda. Faz anos que relatamos a situação e até agora nada foi feito. Não queremos achar culpado. Queremos solução”.
Os problemas estruturais na instituição, como a fossa séptica e os pilares de sustentação, se agravaram no último ano. E essa situação tem causado medo entre os pais. “Vão esperar uma tragédia acontecer para resolver? Uma sala tem muitas crianças e não podemos culpar uma professora, mas imagina se um dos pequenos sai do local e cai na fossa, ou se o prédio acaba caindo? Como fica?”, argumentou Patrícia Quadros.
Ao serem cobrados pelos pais e pelo vereador Talis, os representantes do Executivo Daniel Oliveira e Orlando Aguilera, da secretaria municipal de Gestão e Planejamento, argumentaram que há um edital aberto que encerra no próximo dia 05. “Vamos tentar agilizar este processo para que esta situação seja resolvida o mais rápido possível”, frisou Aguilera.
A Vigilância Sanitária também foi cobrada. “Por que a vigilância não emitiu um laudo dizendo de que os alunos estavam expostos naquele local a condições insalubres”, questionou o vereador Talis, lembrando ainda as atribuições do órgão. Em resposta a responsável pela pasta, Beatriz Garcia, que argumentou que este não era um problema que teria de ser resolvido pelo órgão.
Ainda nesta semana, Orlando e Daniel devem ir até a escola para fazer um levantamento das ações que podem ser feitas de imediato, como a colocação de uma nova lona para cobrir a fossa. Ainda ficou combinado com os pais um prazo de dois meses para que a situação seja resolvida.