Projeto Cavalo de Lata quer reduzir número de carroças em Montenegro
Um projeto, proposto pelo gabinete do vereador Talis Ferreira, deve reduzir a circulação de veículos de tração animal, as tradicionais carroças, em Montenegro. O “Cavalo de Lata” ainda está em fase de discussão para implantação. Quando for instituída a estrutura metálica com carroceria para levar lixo vai acabar com o uso de tração animal e, ainda, qualificar o trabalho dos catadores. "A gente sabe que é necessário, porém também às vezes há uma resistência. Mas aos poucos precisamos ir implantando. Tem que ter um início", destacou o vereador Talis.
A ideia é fazer deste um projeto piloto no início com algumas pessoas que desejam participar da ação e, aos poucos, ir inserido mais “cavalos de lata”, assim como vem acontecendo em cidades como Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. “O intuito é colocar o projeto, mas não de forma abrupta. Temos um ano inteiro para trabalhar. Pegar um, dois ou três catadores que tenham está vontade de mudar dos animais para cavalos de lata”, frisou o vereador.
A reunião contou com a participação de integrantes do executivo, dos vereadores Juarez Vieira da Silva e Gustavo Oliveira, representantes dos gabinetes dos legisladores Paulo Azeredo, Ana Paula Machado e Sérgio Souza, além de protetores de animais. “Alguns projetos, que tem certo êxito, são tocados por ongs. Em Santa Cruz, por exemplo, já tem cavalo de lata. Eles têm um sistema do Nota Fiscal Gaúcha que repassa verbas e algumas empresas que também adotaram o projeto. Estão na segunda fase que é o equipamento com tração elétrica com autonomia de 40km. O que vamos fazer com os catadores? Nem todos conseguem se adaptar. É uma excelente ideia, mas precisamos estudar”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente Clébio Ribeiro.
Esta é uma das preocupações do vereador Talis Ferreira quando propôs o projeto. Por isso a ação vai passar por um projeto piloto para corrigir possíveis erros de execução e se adaptar a realidade montenegrina. Após isso ele deve ser implantado em sua totalidade no município. “Temos q fazer um projeto piloto. Comprar uma ou duas carroças e entrar em contato com algumas pessoas para ver se desejam participar e inserir aos poucos”, enfatizou o legislador.
A maioria dos recicladores ainda utiliza a carroça puxada por cavalos. A atividade, segundo os defensores dos animais, pode resultar em ferimentos devido ao peso excessivo.
O áudio da reunião, na íntegra, está neste LINK
A entrevista, com o vereador Talis Ferreira, está neste LINK