Projeto prevê sessões de cinema especiais para autistas

Um simples passeio ao parque, que para muitas pessoas pode ser tranquilo, é um pouco diferente para famílias que têm crianças ou adolescentes autistas. Agora imagine ir ao cinema? O som é alto demais, os filmes exigem concentração e o espaço é “estranho” para estas crianças e adolescentes. Isto se falar nos olhares de pessoas que estão na sala de cinema e não sabem o motivo da inquietação do autista.

Pensando em dar mais conforto e a possibilidade de uma alternativa de lazer para estas famílias, a suplente de vereador Fabrícia de Souza (PP), encaminhou, ainda quando estava presente no Legislativo montenegrino, o projeto de lei que normatiza as sessões de cinema para crianças com TEA – Transtorno do Espectro Autista. De acordo com o projeto de Fabrícia “a inclusão de crianças com limitações é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos autistas e auxilia no desenvolvimento social e humano deles”.

O projeto vai ser votado nesta quinta-feira, 17, na sessão ordinária. Ele já recebeu parecer positivo da Comissão Geral de Pareceres. Se acatado as sessões deverão ser um pouco diferentes das habituais. Durante as exibições dos filmes, que devem acontecer ao menos uma vez por mês, não serão veiculados comerciais, o volume do som do filme deverá ser reduzido e as luzes deverão estar levemente acesas. Ainda, estas sessões deverão ser identificadas com o símbolo mundial do Espectro Autista, fixado na entrada da sala de cinema.

O que é o TEA – O transtorno do espectro autista, o TEA, é uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Além disso, o portador tem uma gama estreita de interesses e atividades que são realizadas de forma repetitiva. O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.  O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.