Prometido na Câmara mais rondas nas imediações do Top Center
“Alguns moradores entraram em contato comigo. Ali parece que é algo à parte de Montenegro, uma terra sem lei. Tarde da noite, às vezes até de madrugada, há muita baderna, vandalismo, e presença de muitos menores de idade”, relatou.
Deise Cemin, representante do condomínio Ernest Bernhoeft, que faz divisa com o Top Center e a Igreja Episcopal do Brasil, conta que diversas vezes solicitou esta reunião, e que quase diariamente liga para a Brigada Militar, assim como outros moradores no Condomínio, “pois à noite não fica ninguém naquele local”.
Na visão do Reverendo da Igreja Episcopal, Ives Vergara, a situação está piorando: “diariamente, recolhemos várias garrafas de bebidas, consumidas exatamente na porta da Igreja. Há muitas bitucas de cigarro e outras. Diariamente temos que ficar coletando isto, além de terem pichado o próprio prédio da Igreja. Várias vezes a apagamos, pintamos, foram lá e fizeram novamente. Mesmo que esteja gradeada a escada de acesso à igreja, eles fazem questão de jogar as bitucas dentro, como uma espécie de provocação”.
Conforme o seu relato, já foram várias vezes obrigadas a ter que trocar os holofotes de luz, ali, “pois o pessoal depredava, quebrava, apedrejava, tivemos que colocar grade nos holofotes, para protegê-los, assim como grades em todas as janelas do templo”. Diz que se trata de um investimento em segurança “para nos proteger de algo que virou cotidiano, que é esta presença, este consumo de álcool até altas horas. Para nós fica o prejuízo, o mal-estar de ser na porta da Igreja”. Acrescenta que existem alguns frequentadores que são bem agressivos: “quebraram a chutes, duas vezes, o portão de trás da Igreja, a grade de uma sala do Top Center e a da sala vizinha”.
A síndica do Top Center, Rosana Felten, diz que quando chega, de manhã, constata que o local está repleto de garrafas de bebida. “À noite, não dava para sair com as crianças pela frente, por causa disto. É o cúmulo, sendo no centro da cidade”.
Conforme o Tenente Luís Carlos, da Brigada Militar, é feito um planejamento semanal do policiamento, no qual se inclui a Rua Osvaldo Aranha e aquele prédio. “Fizemos abordagens e a identificação das pessoas, ali. Estão havendo prisões, por tráfico de drogas, como a que foi feita no final de semana passado”. Assinala que a Brigada está atuando “dentro dos recursos humanos e materiais disponíveis, que são muito escassos. Identificamos quem está ali, e o que estiver errado, haver algum foragido ou o uso de drogas, são adotados procedimentos. Quanto ao fato da quebra das janelas, a Brigada emite o Boletim de Ocorrência, para que a Polícia Civil possa fazer uma investigação. Tudo que acontecer de anormal, ali, nós temos que registrar”.
Disse ainda que a BM fica a noite toda fazendo o patrulhamento, pela cidade, passando várias vezes por ali. “Se a situação estiver meio complicada, o pessoal pode ligar para a Brigada, que iremos até lá novamente quantas vezes for necessário à noite, de acordo com os recursos que dispomos, pois às vezes há apenas uma viatura para atender toda a cidade. Tenho certeza que, o que pudermos fazer para ajudar eles, ali, e as outras pessoas da comunidade, nós iremos fazer, estamos à disposição”.
O Vereador Talis sugeriu que acontecesse maior quantidade de rondas, ali, em diferentes horários. “Sabemos que há poucas guarnições nas ruas, pela falta de efetivo e de material, também. No horário em que normalmente é feito o policiamento, se nota que depois eles acabam retornando. Sugiro que ocorra em horários diferentes. Seria possível?”, questionou.
Também participou Humberto Minks, Chefe da Guarda Municipal, assegurando que levaria o resultado da reunião para o efetivo da GM, “levando-se em conta que a Guarda tem o poder de polícia administrativo, podendo atuar nas praças, parques, escolas do Município, mas podemos ser colaboradores da Brigada Militar, quando, ao passar pelo local, constatarmos algo”.