Retomada de ônibus metropolitanos para universitários é debatida na Câmara
O vereador Gustavo Oliveira (PP) foi o proponente de reunião na Câmara, quinta (10), para discutir a possibilidade da retomada, por parte da Vimsa, de alguns horários de ônibus intermunicipais necessários para usuários, principalmente, da UERGS e Fundarte que não moram em Montenegro e utilizam com muita frequência o transporte público. “Tem chegado ao meu conhecimento e de outros vereadores, muitas reclamações neste sentido. Gostaríamos de discutir a possibilidade de adequar esta situação”.
Conforme Dulce Dillenburg, Chefe Administrativa da Unidade da UERGS em Montenegro, existe previsão de um possível retorno às atividades presenciais da Universidade, de forma total ou parcial, a partir de março de 2022. “Está sendo feito um planejamento para, a princípio e atendendo-se aos protocolos, retomar as atividades presenciais que seriam possíveis”, relata.
Atualmente a UERGS possui cerca de 400 alunos, de quatro cursos de Graduação e um de Pós-Graduação, tendo um corpo docente de 21 professores. “As aulas das turmas com o maior número têm início às 17 horas e a partir das 19, ou seja, a vinda dos alunos para Montenegro é fundamental, nestes horários”, salienta Dulce.
Uma das representantes da Fundarte, Ângela de Vargas, citou que o fato de as aulas precisarem ser encerradas, no máximo, até às 16h30min, vem atrapalhando o desenvolvimento das atividades, pois o último ônibus à capital sai às 17h10min. “Professores que ministravam aulas à noite, que tivemos que remanejar, pois não havia ônibus para eles retornarem, o último horário é o das 17hs, sendo que existem turmas de alunos até às 21h30min, 22h, o que, de certa maneira, está inviabilizando as atividades”, lamenta. Em função disso, é preciso encerrar as aulas às 16h30min, para que os professores consigam pegar o ônibus das 17h10min. Vem-se trabalhando de forma remota, “mas ano que vem a Fundarte pretende voltar ao modo presencial, e isto seria essencial para nós, também”.
O Gerente Operacional revela que há uma grande expectativa com relação à alegada volta à normalidade, ano que vem. “Há este dilema, e estamos passando também por problemas econômicos. Não sabemos se no dia de amanhã iremos conseguir operar.” Diz ser de conhecimento geral que os trabalhadores da empresa estão em estado de greve e pretendem paralisar as atividades, reivindicando aumento salarial, sendo que não existem recursos para pagar os salários, os quais não estão nem sendo pagos em dia.
As dificuldades, enfrentadas pela empresa, já vinham ocorrendo antes da pandemia. No início da pandemia, a empresa manteve em operação 40% do número de passageiros e 50% da oferta de ônibus registrada anteriormente.
Existe uma expectativa de que, nas negociações com a Metroplan, o órgão gestor e fiscalizador do transporte coletivo metropolitano, sejam concretizados projetos para que possa haver a retomada dos serviços. “É isto que a gente mais deseja, e nos colocamos à disposição, como Poder Legislativo, para atender as partes envolvidas, conversar, estreitar as relações, para tentar resolver o problema”, finaliza Oliveira.
Confira, na íntegra, o áudio da reunião neste LINK