Sugerida proibição em dois anos de carroças nas ruas de Montenegro

por mon — publicado 13/09/2013 13h27, última modificação 07/03/2016 11h59
Assim como em Porto Alegre, em que o prazo para deixarem de andar pelas ruas termina em 2016, Montenegro deverá proibir daqui a dois anos a circulação de carroças com tração animal em sua área urbana.

Aspectos práticos da medida irão integrar projeto de lei do Executivo, a ser encaminhado para debate e aprovação pela Câmara. Informação do Secretário Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, João Antônio Moreira, um dos participantes do segundo encontro realizado nesta quinta-feira (12), no Legislativo, por iniciativa do Vereador Roberto Braatz (PDT), para discutir transtornos e riscos gerados por este tipo de transporte.
“Não temos o direito de ficarmos insensíveis, irresponsavelmente silenciosos, diante de um ato criminoso praticado por algumas pessoas”, provoca Braatz, se referindo à situação, observada frequentemente, de cavalos usados como meio de transporte sendo maltratados, mal alimentados e, muitas vezes, não suportando puxar carroças cheias de carga.
Também sugerido: pessoas que usam este meio de transporte para realizar suas tarefas serão orientadas, por meio de grupos interdisciplinares, a buscarem cursos profissionalizantes e se preparar para o mercado de trabalho, assim como se organizarem através de cooperativas.
Discutida ainda a busca de área adequada para encaminhar os animais, hoje inexistente. Segundo o major Neri Brum Silva, quando for encontrada, a Brigada Militar poderá recolhê-los até o local. O Secretário Moreira informou a abertura de processo na Prefeitura, faltando definir onde estaria situado o galpão.
Maria Luiza Rodrigues Kimura, voluntária da Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais - Amoga citou que a entidade possui lista de pessoas interessadas em ficar com estes cavalos, mas a dificuldade seria seu transporte. A Presidenta da Câmara, Vereadora Rose Almeida (PP) propôs a celebração de um convênio entre Prefeitura e Associação, mediante o qual esta ficaria com a incumbência de transportar os animais para uma área adequada.
Ao final, a decisão de que, em 30 dias, seja definido o local onde os animais serão recolhidos. Braatz manifestou que também levaria o problema ao Ministério Público. Novo encontro para verificar o cumprimento dos compromissos e prazos ficou marcado para 10 de outubro, na Câmara de Vereadores.
Participantes: Vereadores Rose Almeida (PP), Roberto Braatz (PDT), Carlos Einar de Mello (PP), Marcos Gehlen (PT) e Renato Kranz (PMDB); Secretários de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, João Antônio Moreira, de Meio Ambiente, José Carlos Barreto e Marcos Roberto, da mesma Secretaria; Patrícia Aita e Maria Luiza Rodrigues Kimura, voluntárias da Amoga; Amália Rosa de Campos (OAB/RS); Cíntia Tietze e Maristela Josiane Paz (Conselho Tutelar).