Travessa Copacabana: falta de energia elétrica deve ser solucionada nos próximos 90 dias
Esperar um aviso no grupo do WhatsApp para poder tomar banho. Esta é a situação de moradores de 15 famílias que residem na Travessa Copacabana, no bairro Centenário, e não contam com a distribuição da energia elétrica e postes separados. Hoje, eles “puxam” essa energia de um único poste. Por isso que, quando um liga o chuveiro, o outro precisa esperar.
Desde março esta situação vem sendo discutida entre os moradores, o Executivo Municipal e a RGE, intermediados pelo gabinete do vereador Talis Ferreira (PP) que solicitou a reunião. “Faz seis meses que estamos nesta tratando deste assunto e acredito que, em 90 dias, vamos ter uma resposta positiva para os moradores. Esta é uma preocupação nossa com a segurança deles”, ressaltou o legislador.
Parte da Travessa Copacabana, onde residem estas pessoas, era considerada área verde, hoje classificada como consolidada. É justamente neste local que estão as 15 famílias. Com esta alteração alguns serviços como o fornecimento de água e de luz já podem ser realizados pelas concessionárias. E é atrás disso que os moradores estão: ter um medidor de energia para cada umas das casas. De acordo com Juliana Damian, representante da RGE, “a empresa precisa fazer um estudo de viabilidade técnica para a colocação dos postes”. Hoje seriam necessários apenas 03. Em seguida aconteceria a colocação dos medidores individuais.
CUSTOS DE INSTALAÇÃO E VIABILIDADE TÉCNICA - O pedido do estudo de viabilidade técnica vai ser encaminhado por uma das moradoras da Travessa Copacabana. Com este documento a RGE já consegue designar um técnico para fazer as medições e orçamentos necessários para a colocação dos materiais na rua. Juliana também apontou que, caso a RGE faça a instalação dos postes, há os custos para a construção e extensão da rede. Esses valores seriam divididos entre os moradores.
Paralelo a isso, o Executivo Municipal se comprometeu em alocar estas famílias no programa de Regularização Fundiária Urbana, voltado para os assentamentos informais localizados nas áreas urbanas. “Nós não teríamos problema em ajudar, mas precisamos do apoio da RGE. Nosso receio é de que aconteça algum acidente. Um puxa do outro e estão expostos a curtos circuitos. Não é só a questão de individualizar, mas de ter um cuidado com as vidas destas pessoas”, ressaltou Rafael Cruz, secretário de Gestão e Planejamento de Montenegro. Caso não se concretize, em tempo hábil, o projeto da RGE, os moradores já estarão dentro do projeto do município para ter acesso à regularização da energia elétrica.