Três Ginásios inacabados viram pesadelos para o interior
A vereadora Josi Paz (PSB) promoveu reunião na Câmara de Vereadores, na manhã de segunda (09), buscando soluções para o impasse, que passa de uma década. Participaram representantes das três comunidades, o secretário de Obras, Argus Machado, de Meio Ambiente, Rafael Almeida, de Educação, Rita Fleck e do Desenvolvimento Rural, Ivan Lopes.
Para os moradores, a possibilidade de se ter um espaço para a comunidade confraternizar, praticar esportes, realizar reuniões de integração, é sempre algo muito desejado e esperado, especialmente para quem vive no interior, onde as opções de lazer são poucas. Neste sentido, os relatos dos representantes das comunidades chegaram a assustar. Em Valor Velho, segundo o morador Cláudio Vargas o ginásio apresentou falhas, em 2014, Vargas lamenta que a estrutura esteja se deteriorando, sendo que o maior problema estaria no “oitão”, que cedeu.
O secretário de Obras, Argus Machado, buscou informações e realmente a interdição aconteceu em 2015. Na época, os técnicos chegaram a iniciar o projeto de adequação. Entre a lista de problemas apresentada pelo morador, envolvendo o ginásio erguido ainda no governo do ex-prefeito Percival de Oliveira, constam paredes tortas e falta de nivelamento.
A vereadora Josi Paz lamenta que tenha chegado a esse estado: “é triste saber que a história bonita desta localidade, através do Santos, de Vapor Velho, tenha sido interrompida pela interdição que acabou envolvendo o Ginásio e o campo. por estarem na mesma área”. “O que temos hoje é somente a Capela Mortuária”, desabafou Claudio Vargas.
Para completar, a comunidade ainda segue pagando a taxa de energia elétrica do local, sem poder utilizá-lo. O secretário de Obras, Argus Machado, garantiu que vai fazer vistoria no local, um novo laudo e as adequações do projeto iniciado em 2015. Quanto aos recursos para a futura obra, Machado explica que precisariam ser buscados via emenda parlamentar, ou através de programas federais.
Ginásio de Bom Jardim
O presidente da comunidade de Bom Jardim, Erni Alves da Rosa e o morador Waldemar Antonio Helfer trouxeram também as dores de cabeça em função do ginásio naquela localidade. O piso cedeu, e há rachaduras na parede. Como a situação não é tão crítica como a do ginásio de Vapor Velho, o espaço continua sendo utilizado pelos moradores. Eles revelarem sua ansiedade em ter a concessão legal do espaço, o que até o dia de hoje não aconteceu.
Segundo o que foi repassado para os líderes comunitários, isso ocorre em função de uma discussão quanto à faixa de domínio, já que o Ginásio foi erguido próximo da rodovia RS-411. Argus Machado repetiu o encaminhamento: vai ir até lá e fazer uma inspeção técnica, para posterior realização de projeto de adequação. Igual ao anterior. Esta também é uma obra da administração do ex-prefeito Percival de Oliveira.
Ginásio de Sobrado
Por último, o pior dos cenários: o esqueleto de um ginásio, na localidade de Sobrado. Valderi Pedro da Motta e Maria Juliana Appel evidenciaram a problemática, que se arrasta por vários anos. O projeto que deveria ter sido seguido, semelhante ao de Bom Jardim, parou apenas no esqueleto. Por falta de espaço, Motta disse que os moradores se deslocam para jogar futebol de salão em Muda Boi, Catupi, Tabaí e Bom Jardim. “É triste não termos um espaço para a realização de uma festa”, comentou Juliana Appel.
O secretário de Obras novamente assegurou que irá ao local, para verificar in loco. Ele disse que a torcida é para que os pilares estejam estabilizados, o que seria uma vantagem para tentar salvar o que já existe no local. “Depois de fazermos a visita técnica e projeto, a luta passa a ser pela captação de recursos”, reforçou.
A vereadora Josi Paz vai seguir acompanhando o andamento destas demandas, e quanto à questão da faixa de domínio que envolve o ginásio de Bom Jardim, vai agendar uma audiência no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), para tratar do assunto.