Vantagens da arborização urbana racional são destacadas na Câmara
“Soubemos do lançamento do projeto Arborizando Montenegro, o qual teve seus primeiros passos em 2012. Em que estágio se encontra? Ainda existe disposição de colocá-lo em prática, pois já se passou certo tempo desde que foi criado? Qual o propósito da atual Administração?”, pontuou Rose, acrescentando: se tem visto na cidade que “a arborização está um pouco desordenada, pessoas vêm realizando o plantio sem ter conhecimento, pois não sabem exatamente quais as espécies adequadas”.
Relembrou que anteriormente, na Câmara, o Executivo fez a entrega do Manual de Arborização e Poda de Árvores, além de estudo sobre espécies previstas para a arborização de Montenegro. O documento recomendava as mais adequadas para se plantar e se haveria diferentes ruas com a mesma espécie. “Como será feito a escolha do tipo de árvore a ser plantada? Seria um bairro todo, com um determinado tipo, ou somente em algumas ruas? O que a Administração pretende, agora?”, perguntou a Vereadora.
Conforme Adriano Chagas, a atual Administração está interessada no desenvolvimento de um plano de arborização da cidade. “A falta de integração com elementos urbanos, como a fiação elétrica, rede de esgoto e de água vem gerando custos, devido à inexistência de um planejamento do sistema de arborização”, alertou o Secretário.
Explica que, visando estancar e reduzir este passivo, a Prefeitura contratou profissional da Associação Brasileira de Botânica, que em novembro de 2017 ministrou um curso de dezesseis horas no município, e divulgou material sobre a arborização urbana. Atuando desde 1970 na área de urbanização urbana em Porto Alegre, ele foi responsável pelo Horto Florestal e o Jardim Botânico. “Tem bastante conhecimento”, elogia a Vereadora Rose.
O Manual apresenta as espécies adequadas para o plantio na zona urbana, e medidas tornando possível a integração entre espécies arbóreas e elementos urbanos. São recomendadas, por exemplo, as espécies que não apresentam o que os técnicos chamam de “expansão oculta” (debaixo da terra), além de expansão vertical muito grande, com isto podendo atingir a fiação. “Até então, o município não tinha conhecimento de que a técnica de poda pode ser racional ou muito suicida, sendo que, dependendo do tipo, pode-se matar a espécie. Neste curso, ele ensinou como se faz a poda de uma espécie, de forma racional”, observa Adriano.
O titular do Meio Ambiente revelou à Vereadora que todo e qualquer procedimento que a Secretaria vem adotando, não apenas quanto à arborização urbana, mas todos que compõe seu trabalho estão sendo regulamentados através da proposta de transformação em lei ou decreto. O material deverá ser submetido ao conjunto da Administração, e vinculado ao novo Plano Diretor. Posteriormente passará pela análise a aprovação da Câmara de Vereadores. “Ficaremos aguardando que chegue aqui para ser analisado e votado, pois o meio ambiente é uma preocupação nossa, uma preocupação de todos. Somos parceiros no que precisar”, salientou Rose. “Nós da mesma forma, pois a Secretaria está sempre de portas abertas”, finaliza Adriano.