Vereador Joel busca tecnologia para aproveitamento do lixo doméstico da região
Já em avançada fase de estudos, o projeto “Pirólise Catolítica” foi visto de perto por lideranças como o presidente do Consórcio CIS/Caí, Carlos Alberto Fink - “Lico”, que é prefeito de Harmonia, o administrador de São Sebastião do Caí, Clóvis Alberto Pires Duarte, além dos montenegrinos Adriano Chagas (secretário de Meio Ambiente), Agenor Rigon (gerente do CIS/Caí) e a Diretora de Acompanhamento de Ações do Governo, Tatiane Henke.
De forma simplificada o desenvolvedor do sistema, Felipe Bender, que é CEO/Diretor da Beintec, falou sobre a transformação do lixo reciclável em petróleo. “Essa matéria vira combustível: óleo diesel, gasolina ou energia”, sintetiza Bender. Na análise do vereador Kerber, a maior vantagem caso o sistema fosse implantado, seria que o lixo deixa de ser um passivo ambiental, para se tornar um ativo lucrativo. Atualmente, Montenegro paga R$ 370 mil/mês para o serviço de transbordo do lixo, o que não mais seria necessário, e ainda se obteria uma renda mensal com o processo do lixo reciclável.
Além da apresentação audiovisual do sistema, o diretor Bender também mostrou a máquina Petrogabarge, que, em caráter experimental, opera na transformação deste lixo. O vereador levou a comitiva para apresentar esse sistema para a região, com a expectativa de que, se o projeto prosperar futuramente, seja possível comprar e instalar o equipamento para atender as Prefeituras que compõem o Consórcio.
O secretário de Meio Ambiente, Adriano Chagas, fez alguns questionamentos técnicos, classificando como muito cedo para se emitir uma opinião antes que todo o processo esteja totalmente licenciado por parte da empresa, na forma de um projeto técnico concluído.
O criador da ideia garante que esta tecnologia gera 75% de lucro, com a produção total do lixo na cidade, ficando de fora somente o lixo orgânico. Como comparativo Felipe Bender fez uma estimativa rápida: em um sistema para processar 30 toneladas/dia de lixo, o investimento total gira em torno de R$ 15 milhões.
Satisfeitos com a apresentação, os prefeitos e o vereador, no entanto, preferem aguardar para dar sequência à abordagem do assunto, o que seria o momento em que todas as licenças e o projeto estivessem totalmente concluídos. “Vamos continuar buscando soluções que possam transformar, de forma coletiva, a qualidade e a rentabilidade”, finaliza Kerber.