Vereador Joel cobra urgente manutenção da BR 470 no trecho de Montenegro
O debate envolveu lideranças como Antônio Gonçalves da Silva, representante da comunidade de Fortaleza e Passo da Pimenta e integrante do COMDER, além de agricultores de várias localidades e de Carlos Alberto Vieira – supervisor da Unidade do DNIT/São Leopoldo. Joel declarou que o objetivo foi cobrar a manutenção do trecho da BR 470 que vai da ERS 124 até o Passo da Pimenta e passa por Fortaleza, indo até à divisa com a BR 386, a Tabaí-Canoas.
O supervisor informou que o DNIT está prestes a assinar um novo contrato, no valor de 10 milhões de reais, para a contratação da empresa responsável pela manutenção das estradas federais. Segundo ele, deste montante serão destinados apenas 500 mil reais este ano, para a manutenção de 70 quilômetros de rodovias: “no ano que vem provavelmente a mesma quantia, ou pouca coisa a mais”, comentou. Carlos argumentou que, mês a mês, vem caindo a arrecadação do governo federal, fazendo com que, por exemplo, o DNIT sofresse um corte de 400 milhões de reais em seu orçamento, tendo que sair dinheiro de todas as grandes obras, como a ponte do Guaíba. “A situação, realmente, é muito difícil”, lamentou o supervisor.
Deixou claro que vai haver muito pouco recurso para este trecho. “Sugiro o início das tratativas para que seja municipalizado, para ser executado o que todos os municípios fazem que é o revestimento primário”, sugeriu. De uma forma bem realista, o supervisor falou que, no ritmo em que vem ocorrendo os investimentos em infraestrutura neste país, “este trecho será pavimentado nos próximos cinquenta anos”.
Acrescentou que não faz sentido aquela rodovia ser federal: “temos muito pouco dinheiro e inúmeros problemas para serem solucionados em estradas como as BR 116, 290 e 386”. Comentou que deverá ser feita na BR 470 a manutenção com uma motoniveladora, um tapa-buraco nos trechos que são pavimentados, “uma manutenção muito simples, bem distante de pavimentar ou restaurar”.
Participante do encontro, Diego Kossmann disse que gostaria de ouvir uma explicação, “pois tenho inúmeros chamados abertos com a Ouvidoria do DNIT. Desde outubro do ano passado, a BR está sem manutenção, e o prazo do contrato se encerrou em oito de março de 2019”. Disse entender que se está passando por um contingenciamento de verbas, mas passar a estrada para o Município vai dar no mesmo, pois a Prefeitura também não possui verbas: “de uma forma ou de outra vai se passar o problema, que é federal, para o Município, e nós população continuamos sem solução”, reclamou.
O supervisor do DNIT explicou que não houve manutenção, de outubro a março, porque não existia um contrato em vigor. Rodovias federais, como a BR 116, ficaram de setembro a março deste ano sem verba para a manutenção, “não por falta de planejamento, mas porque não tem dinheiro”. O vereador Joel considerou que, como o contrato prevê a destinação de apenas 500 mil reais para a manutenção de 70 quilômetros de rodovias federais, e a tendência é municipalizar, deverá ter uma reunião com o prefeito, tratando sobre o que é possível ser feito, a viabilidade legal de o DNIT repassar estes 500 mil para o Município, “e que isto ocorra o mais rápido possível”.
Finalizando, pediu que a Prefeitura agilizasse este processo, dizendo torcer que o DNIT dê condições mínimas para ela assumir esta responsabilidade. Também irá cobrar “urgentemente” da RGE a limpeza das margens, com a remoção dos galhos, e vai solicitar que a empresa de ônibus Fátima tenha sensibilidade e fique operando mais tempo, não suspendendo as linhas de ônibus.