Vereadores defendem manutenção da Banda da Brigada

por mon — publicado 20/06/2013 16h35, última modificação 07/03/2016 12h00
Preocupada com um possível encerramento das atividades da Banda de Música da Brigada Militar de Montenegro, que completará cem anos de existência em 2014, Rose Almeida (PP), com apoio dos demais Vereadores, promoveu reunião quinta-feira (20) na Câmara.

“O que levou a esta possibilidade? Não consigo imaginar como ficariam os eventos em que a Banda é a presença mais esperada”, indagou a Presidenta da Câmara ao Major Marcus Vinicius Sousa Dutra, Comandante do 5.º Batalhão de Polícia Militar e ao Ten. Cel. Ronaldo Buss, que comanda a Escola de Formação e Especialização de Soldados (ESFES).
A Banda é subordinada à Escola comandada por Buss e vista como uma especialização dos quadros da BM. Segundo explicou, em 1997 o governo do Estado aprovou lei que extinguiu as especializações da Brigada. “A partir daí, as Bandas de Música sofreram um desmonte natural, devido à falta de inclusão de músicos”, relatou. Prevista para contar com trinta, tem apenas 14 componentes em Montenegro na atualidade. Três servidores aposentados optaram em continuar, para não ser desativada. Outra questão: a dificuldade para descobrir, entre o efetivo, quem possui vocação para tocar.
Ressaltando a importância das Bandas não somente às comunidades em que atuam, mas para a própria tropa, o Comandante do 5.º BPM destaca a importância da busca de alternativas para evitar seu fim, citando que atualmente existem apenas quatro no Rio Grande do Sul. Dentre os brigadianos, é preciso encontrar quem possui o dom musical. Soma-se o crônico problema da falta de efetivo em todas as unidades, fazendo com que a tropa seja alocada para setores com maior necessidade.
O Vereador Marcos Gehlen – “Tuco” (PT), que é músico, frisou a importância da música na sociedade. Caracterizou como fundamental a existência da Banda para o “novo perfil da BM, mais educativa que repressiva”. Questionou se a legislação de 1997 não poderia ser revertida. O comandante Buss sugeriu audiência com o gestor estadual da instituição. Objetivo seria também atender a este segmento “mais social e lúdico”.
O Progressista Naná sugeriu convite a voluntários, para integrar a Banda. Buss respondeu que, além de possível, seria interessante se houvessem interessados em participar e com tempo disponível para os ensaios. A conclusão foi que teria de ser deflagrada ação política visando manter e reforçar a Banda. Rose sugeriu marcação de encontro com o Governo do Estado e entrega de Moção de Apoio, assinada por todos os Vereadores, pela permanência da Banda de Montenegro.