Vereadores destacam importância da nova Rua Erni Carlos Kranz

     “Erni foi um líder comunitário, pessoa alegre, com muitos amigos, sempre disposto a colaborar com a comunidade”, justifica o autor da homenagem.
    Naná diz que se levaram em conta importantes obras de Erni, como a cessão de terras que fez para a construção da sede do Santos Futebol Clube e campo de futebol. Erni assinou contrato de comodato por 20 anos, sem exigir nenhuma contrapartida financeira. Também doou sem custo uma parte da área de terras que passava por sua propriedade, para que a Prefeitura fizesse a construção da estrada ligando Vapor Velho à Linha Catarina.
    Nasceu em três de novembro de 1928, falecendo em 1980. Casou-se com Lori Irmgard Kranz, tendo cinco filhos: André Luiz Kranz, Carlos Fernando Kranz, Maria Denise Kranz, Carmen Ligia Kranz e Dorinha Kranz. Caso aprovado, na estrada haverá uma placa constando os dizeres: “Erni Carlos Kranz – Líder Comunitário”.
    Presentes à sessão em que foi votado o projeto os filhos de Erni, Carlos Fernando e Dorinha Kranz. Em seu discurso, Naná declarou que “seria muito difícil” dizer alguma coisa, devido a tudo o que representa na sua vida, em sua família, “o nosso querido Erni Carlos Kranz. Muito difícil, de tanta coisa que a gente poderia dizer sobre tanta coisa boa que o seu Erni fez para tanta gente”.  
                                                              Eles trabalharam juntos
    Naná recordou que Erni foi seu patrão, e que trabalharam muitos anos juntos. Desportista, caminhoneiro, comerciante, agricultor. Cedeu parte de terras de sua propriedade para o Santos Futebol Clube e para a igreja de Vapor Velho, o galpão de festas e o cemitério. “No acesso de Vapor Velho para Linha Catarina, a subida era tão difícil que muitas vezes os caminhões não subiam, e ele doou um trecho dentro de sua propriedade para que fosse feita uma nova estrada, para que tivesse um acesso melhor às comunidades”, saúda Naná.
    A influência de Erni foi tanta que, segundo Naná revelou na tribuna, “na primeira vez em que votei, votava nos candidatos que ele indicava. Ele foi uma grande liderança, grande político, grande patrão”.
    Na discussão, os colegas também exaltaram o homenageado. Márcio Müller atesta que, quando se vai a Vapor Velho, não tem como não se lembrar dos Kranz, do campo de futebol, do açude, “uma família muito conhecida”.
    Renato Kranz declarou que, evidentemente, iria votar favorável. Mencionou ser importante denominar as estradas, as ruas do nosso município “porque isto também é parte do desenvolvimento das localidades, para as pessoas acharem os locais, saber onde elas estão”. Disse esperar que a Prefeitura colocasse a placa identificando-a, “porque temos aí quantas e quantas ruas e estradas denominadas e não existe a placa, para que as pessoas possam identificar onde elas estão”.
    Kranz comentou que Erni era primo-irmão do seu pai, que os dois gostavam muito de música, sendo que tem todo um significado para a comunidade de Vapor Velho, para a região e também para a sua família. “Estamos emplacando mais um Kranz na história de Montenegro, para a eternidade, o seu nome. Carlos Einar de Mello, muito obrigado por ter lembrado, é um momento muito importante para todos nós, e para nossa família, muito especial”
    Para o Vereador Ari Müller, que conheceu Erni no Banco do Brasil, em 1976, foi uma homenagem muito justa. “Até me admiro que esta homenagem não tenha sido feita antes, ele doou parte de suas terras, onde passa a estrada”.
    Rose Almeida considerou muito importante a observação do Vereador Renato, no sentido de que seja colocado o nome nas ruas, “mas que sejam nas ruas onde a pessoa realmente viveu e teve a sua participação na comunidade”. Conforme Rose, não teria efeito algum colocarmos o nome dele em algum local aqui da cidade. “Foi lá que ele se doou para aquela comunidade, ele fez a parte dele, e com certeza será sempre lembrado, como já era na comunidade, mas agora seu nome será imortalizado naquele local”.
    Finalizando a discussão do projeto, o Vereador Roberto Braatz, há mais de 20 anos no Legislativo, enfatizou que não tinha lembrança, dentre todas as denominações de ruas feitas pelo Legislativo, “de um currículo tão contundente, expressivo no seu conteúdo”. Observa que Erni foi de um espírito comunitário, “seguramente, dos maiores de todas as votações que participei”.